Um jogo de paciência. Assim pode ser definida a negociação para contratação do zagueiro uruguaio Maurício Victorino. O Cruzeiro ofereceu US$ 2 milhões (R$ 3,3 milhões) ao Universidad de Chile por 100% dos direitos e espera a resposta. Por sua vez, o presidente do clube chileno, Federico Valdés, não quer liberar o atleta de 28 anos, alegando que a oferta está abaixo do piso pedido, de US$ 2,4 milhões, e que não encontrará um substituto à altura do mercado a poucos dias do início do campeonato Chileno (28 de janeiro).
Sergio Irigoitia, agente de Victorino e Montillo, e principal intermediário dessa negociação, diz estar fazendo todos os esforços para que o Cruzeiro tenha êxito na contratação do uruguaio, capitão do Universidad de Chile e titular da seleção de seu país.
O próprio jogador estaria mostrando aos dirigentes que a transferência significaria uma ascensão profissional. “A realidade é que estamos pedindo à diretoria de ‘La U’ que tenha piedade, que pense no jogador, que o deixe sair. Não é só o salário maior, mas a qualidade de vida, o clube, a Libertadores, um montão de coisas. Pedimos que sejam bondosos, porque é uma oportunidade única. Ele jogará a Libertadores, a Copa América, jogará no Cruzeiro, que sempre entra para ganhar. Hoje estamos apelando aos dirigentes que entendam isso”, disse Sérgio Irigoitia ao Superesportes.
O Universidad de Chile só admitiria vender Victorino para o Montpellier da França, que fez uma proposta superior à do Cruzeiro. No entanto, Victorino considera o clube francês pouco competitivo e, por estar na Seleção, prefere atuar no Brasil e brigar por títulos.
“O jogador quer jogar no Brasil, sobretudo no Cruzeiro, onde já está Montillo, seu grande amigo. Meu trabalho é assegurar o futuro dos jogadores que represento e sinto que estou perdendo a possibilidade que um de meus jogadores tenha um futuro melhor. Por isso, estamos apelando, que entendam, que esse é o futuro de Mauricio. Estou muito empenhado nisso”, acrescentou Irigoitia.
Victorino também prioriza a disputa da Copa Libertadores. No ano passado, ele chegou à semifinal com o Universidad de Chile e foi eliminado pelo Chivas do México. “O jogador deu o que podia a La U. Chegou à semifinal de Libertadores, era o pilar do time junto com Montillo. La U é um clube bárbaro, a torcida é bárbara, impressionante, mas há uma questão hoje que é de crescimento profissional para o jogador e eles precisam pensar nisso”.
Sergio Irigoitia adianta que Mauricio Victorino já aceitou a oferta salarial do Cruzeiro. Em Belo Horizonte, ele receberia em torno de R$ 100 mil ou 30 milhões de pesos chilenos, o dobro do que recebe no Universidad de Chile.
”A parte econômica do jogador está acordada e não seria problema. Não preciso escrever nada com Cruzeiro. Confio nas pessoas, confio no Dimas (diretor de futebol). Se me disse que é tanto, é tanto e ponto final. Basta a palavra. Esperamos agora que La U aceite as condições e que o ‘Mauri’ possa seguir a sua carreira. Victorino quer jogar no Cruzeiro e imploramos que o liberem”, concluiu. (UAI)
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