Sem abatimento

A partir de hoje o Cruzeiro concentra todas as suas atenções no Vasco, adversário de domingo, às 18h30, no Mineirão, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro. As lamentações e o abatimento pela derrota para o Flamengo por 1 a 0 e a consequente desclassificação na Copa do Brasil na quarta-feira, o que ninguém esperava, não fazem parte da rotina da Toca, a partir de hoje. “Ficarão bem distantes”, garante o técnico Marcelo Oliveira. Está marcada uma conversa do técnico com os jogadores com um objetivo explicito: melhorar a autoestima de todos e que a derrota no Maracanã não tenha influência técnica no Brasileiro, competição na qual os celestes lideram, com 31 pontos, dois à frente do Botafogo.

O atacante Borges reclamou de dor na coxa direita e ontem foi direto para o hospital fazer uma ressonância magnética. O resultado será divulgado antes do treinamento de hoje, marcado para as 15h30, mas, pelo retrospecto de contusões do atacante, suas chances são mínimas para jogar domingo. Nesse caso, Vinícius Araújo será novamente titular, abrindo espaço para Anselmo Ramon ser relacionado como opção. Ele por pouco não foi negociado com o Atlético-PR. Vem treinando normalmente, à espera de uma nova chance, que parece estar próxima.

Como o volante Souza continua vetado pelo departamento médico, com dores na panturrilha, Lucas Silva será mantido, ficando Henrique como opção. O volante Nílton está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Ele sofreu uma pancada no tornozelo esquerdo e passou por exames. Fica em recuperação para enfrentar o Bahia. Tudo se encaminha para que seja substituído por Leandro Guerreiro.

Novamente Dagoberto e Júlio Baptista serão relacionados, mas não será desta vez que começarão como titulares. A explicação da comissão técnica é de que Dagoberto necessita de um tempo maior de preparação, já que sofreu uma lesão grave e suas condições físicas ainda não lhe garantem um rendimento satisfatório para 90 minutos. Já a ausência de Júlio Baptista tem uma única explicação; necessita de ritmo, readaptação ao futebol brasileiro e, principalmente, melhorar a condição física.

Líder Com Dagoberto e Júlio Baptista no time, em perfeitas condições físicas e técnicas, a comissão técnica aponta que o Cruzeiro não sofrerá problemas como na derrota para o Flamengo, sem mostrar capacidade de reagir diante da pressão do adversário. Marcelo Oliveira indica Baptista como o líder para os momentos decisivos: “Claro que estamos tristes. Não era os que esperávamos, mas temos um trabalho, confiamos nele e vamos continuar obtendo os pontos para brigar pelo título”.

O assistente Tico dos Santos faz questão de mostrar os números do Cruzeiro no Brasileiro, especialmente da defesa (14 gols sofridos) e do ataque, com 33 gols, o melhor da competição. O time busca a partir de hoje aprimoramento e, acima de tudo, determinação, para que as decepções fiquem bem distantes da Toca.


FALA, CRUZEIRENSE!

O que falta para o time ser mais confiável nos momentos decisivos?

“Falta força de vontade, raça. O time é muito bom. Contra o Flamengo poderia ter atacado mais, ficou muito na defesa.”
Thiago Campos, 22 anos, estudante

“Faltou raça, jogar mais agrupado. O Marcelo Oliveira colocou o melhor time possível mas os jogadores estavam espalhados e ainda perdiam a bola muito rápido.”
Geraldo de Aparecida Silva, 35 anos, técnico em enfermagem

“O Marcelo Oliveira foi covarde. O time ficou muito atrás. Quando colocou o Leandro Guerreiro, ele gastou uma substituição que poderia ser usada mais no fim do jogo, para colocar um atacante.”
Vítor Lourenço, 22 anos, gerente financeiro

“O time ficou na retranca, mesmo com o melhor ataque do Brasil. O Marcelo Oliveira tinha o Dagoberto no banco e preferiu colocar o Leandro Guerreiro.”
Lisiomar Ramos, 25 anos, auxiliar administrativo