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Cruzeiro volta a encarar estádio com estrutura precária nesta Libertadores

Condições do Estádio La Olla são muito distantes das encontradas no Mineirão

postado em 30/04/2014 10:01 / atualizado em 29/04/2014 23:13

Gustavo Andrade/Superesportes

Gustavo Andrade

Enviado especial a Assunção

O “padrão Fifa” que o Cruzeiro encontra no Mineirão está muito distante dos jogadores quando a equipe tem atuado fora de casa nesta edição da Copa Libertadores. Agora no Paraguai, a Raposa enfrentará mais um estádio com condições precárias.

O duelo com o Cerro Porteño, nesta quarta-feira, às 22h, será disputado no Estádio General Pablo Rojas, conhecido como “La Olla”, ou a panela em português. Com capacidade para 25 mil torcedores, o palco do confronto decisivo pelas oitavas de final apresenta vestiários pequenos e com estrutura ruim. Durante o treinamento do Cruzeiro, na noite dessa terça-feira, havia refletores apagados em todas as quatro torres do estádio, além de uma queixa de que uma das traves estaria “torta”. Sobre o gramado, os jogadores avaliaram como “alto”.

“A trave não chega a ser torta. O gol aqui tem um desnível em relação ao restante do campo, mas nada que não possamos superar”, analisou o goleiro Fábio. “Todos estamos cientes das dificuldades, sobre gramado e pressão da torcida. Sabemos que é uma decisão e todos estão cientes de que podemos sair com um resultado positivo”, acrescentou.

Segundo o diretor de futebol do Cruzeiro, Alexandre Mattos, o clube não faria qualquer queixa formal sobre o estádio General Pablo Rojas, pois as condições durante o treinamento atenderam às necessidades da equipe.

Todos os ingressos colocaram à venda já estão esgotados para a torcida local. Os cruzeirenses que forem ao estádio terão desembolsado R$ 120 pelo bilhete, preço 140% maior do que a entrada mais cara para os torcedores do Cerro Porteño. A torcida celeste ficará posicionada no setor Pettengil, totalmente isolada dos locais em que haverá paraguaios.

Gustavo Andrade/Superesportes

História repetida

Por restrição imposta pelo Ministério Público, o Cruzeiro se vê impedido de repetir o que é feito pelos adversários e também cobrar preços mais altos para os visitantes no Mineirão. Porém, os ingressos “inflacionados” para cruzeirenses em relação aos preços praticados para a torcida local já haviam sido motivo de queixa da diretoria celeste em duelo com o Defensor, no Uruguai. Na derrota por 2 a 0, a Raposa encontrou estrutura acanhada no estádio Luis Franzini.

Já contra o Real Garcilaso, em Huancayo, o Cruzeiro fez queixa à Conmebol pela falta de luz no estádio em treinamento na véspera da partida. Após o revés por 2 a 1, os jogadores não puderam tomar banho, pois faltou água nos vestiários.

Desta vez, para avançar às quartas de final, o time celeste precisa vencer o Cerro Porteño ou empatar com pelo menos dois gols marcados. Caso haja empate por 1 a 1, a vaga será decidida em disputa de pênaltis. Igualdade sem gols classificará a equipe paraguaia.

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