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Se depender do retrospecto

Com 16 jogos, Cruzeiro mostra desempenho melhor que nos anos em que foi campeão na era dos pontos corridos, 2003 e 2013. Tinga fratura a tíbia e a fíbula da perna direita

postado em 23/08/2014 11:00

Eugênio Moreira /Estado de Minas

Alexandre Guzanshe/EM/D. A Press
A vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, quinta-feira, no Mineirão, devolveu ao Cruzeiro a vantagem de cinco pontos na liderança do Campeonato Brasileiro, situação que a equipe do técnico Marcelo Oliveira já havia vivido na 11ª e na 12ª rodadas, quando o vice-líder era o Corinthians. A Raposa mantém a ponta da tabela de classificação desde a sexta rodada, e o que vem mudando são a diferença para o segundo colocado e a equipe que ocupa essa posição.

O Cruzeiro assumiu a liderança pela primeira vez neste Brasileiro quando derrotou o Sport por 2 a 0, no Mineirão, em 21 de maio. Na ocasião, tinha os mesmos 13 pontos do Grêmio, mas melhor saldo de gols, 4 a 3. Nas três rodadas seguintes, o vice-líder passou a ser o Fluminense, e a vantagem aumentou para três pontos. O tricolor carioca não manteve o ritmo e foi substituído pelo Corinthians na perseguição ao líder, que ampliou a diferença para cinco pontos.

Com os empates contra Botafogo e Criciúma, fora de casa, o Cruzeiro viu diminuir a gordura acumulada para apenas dois pontos e a troca do segundo colocado, do Timão para o Fluminense e depois para o Internacional. Com as duas vitórias no Mineirão sobre Santos e Grêmio, a equipe celeste chegou aos 36 pontos e a cinco de vantagem sobre o vice-líder. Tanto em 2003 quanto no ano passado, nas ocasiões em que ficou com o título, a Raposa estava com 31 pontos na 16ª rodada.

No ano passado, o Cruzeiro terminou o turno com 40 pontos (quatro a mais que o vice-líder Botafogo) e agora tem a possibilidade de ultrapassar essa marca. Amanhã, o time enfrenta o Goiás, no Serra Dourada, às 18h30; no próximo sábado, recebe a Chapecoense no Mineirão; e dia 7, encerra o turno contra o Fluminense, no Maracanã. “Temos como referência o ano passado e vamos tentar atingir isso, mantendo o aproveitamento alto em casa e buscando pontos fora”, planeja Marcelo Oliveira.

Para o treinador celeste, a sequência do trabalho desde o ano passado pode ser o principal fator de sucesso da equipe até aqui: “Talvez seja a manutenção do que foi feito no ano passado, a mesma comissão técnica e jogadores importantes, o que vai criando um entrosamento maior. Em função disso tudo, temos de estar mais fortes que no ano passado”.

Marcelo Oliveira ressalta outra importância da partida contra o Grêmio, além da ampliação da vantagem na liderança. “Além dos três pontos, teve o aspecto psicológico. O jogo nos mostrou que teremos muita dificuldade para ganhar o campeonato. É com esse sentimento que vamos para Goiânia, para tentar a vitória. Certamente, vai ser um jogo difícil”, prevê o treinador celeste.

Goiás tenta a recuperação
Em 11º lugar no Brasileiro, o Goiás não poderá contar com o volante Amaral para tentar se recuperar na competição. Com estiramento no ligamento medial colateral do joelho direito, o jogador desfalcará o esmeraldino por três semanas. Assim, ficará de fora de pelo menos cinco jogos, dois deles pela Copa Sul-Americana. Amaral já não havia participado da derrota por 5 a 2 para o Corinthians, quinta-feira, na Arena Itaquerão, e estará de fora do jogo contra o Cruzeiro, amanhã e diante de Atlético-PR e Chapecoense, além dos dois confrontos com o Fluminense, pela competição continental. Para seu lugar, o técnico Ricardo Drubscky, contra o Timão, optou por recuar Thiago Mendes. Agora, poderá escolher o garoto da base Rodrigo. O Goiás vem de quatro derrotas no Brasileiro. Antes do Corinthians, havia sido derrotado por Internacional (1 a 0, em casa), Bahia (1 a 0, fora) e Fluminense (2 a 0, fora).

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