Cruzeiro reergue Moreno e atacante marca em oito meses o triplo de gols que anotou em 2013

Artilheiro da Copa Libertadores de 2008 com a camisa do Cruzeiro, Marcelo Moreno retornou à Toca da Raposa no início desta temporada com a missão de reencontrar seu futebol. Até aqui, o objetivo parece ter sido alcançado pelo boliviano.

Em 2013, Moreno defendeu Grêmio e Flamengo, mas sem sucesso nos dois clubes. Na volta ao Cruzeiro, em apenas oito meses com a camisa celeste, o atacante já marcou o triplo de gols do ano passado.

Marcelo Moreno encerrou 2013 com quatro gols feitos em 25 jogos, sendo cinco partidas pelo Grêmio e as demais com a camisa rubro-negra. No Cruzeiro, ele participou de 30 dos 47 jogos do time no ano e balançou as redes 12 vezes.

No Brasileirão, Moreno é vice-artilheiro, com sete gols, ao lado de Barcos (Grêmio), Henrique (Palmeiras) e Douglas Coutinho (Atlético-PR). Esse quarteto persegue Ricardo Goulart, que contabiliza nove tentos.

Os outros cinco gols de Marcelo Moreno em 2014 são divididos com quatro no Campeonato Mineiro e um em amistoso. Ele ainda deu duas assistências na temporada.

A permanência do boliviano na Toca da Raposa em 2014 ainda não está confirmada. Ele está emprestado pelo Grêmio e a diretoria cruzeirense não havia iniciado negociações até a última semana, quando o presidente Gilvan de Pinho Tavares concedeu entrevista ao Superesportes. "O Marcelo Moreno não é atleta do Cruzeiro. Ele é do Grêmio e está emprestado até o final do ano. Temos interesse de renovar, mas ainda não iniciamos qualquer contato com o Grêmio ou com o jogador", disse.

Afastado no Grêmio

Depois da artilharia da Libertadores pelo Cruzeiro e ser vendido ao Shakhtar Donetsk, Marcelo Moreno retornou ao Brasil em 2012. Contratado pelo Grêmio, o boliviano foi o artilheiro da equipe em sua primeira temporada, com 21 gols em partidas oficiais. Porém, o ano seguinte não começou bem.

As chegadas de Barcos, Vargas, Welliton e Willian José no início de 2013, além da permanência de Kleber, aumentaram a disputa no ataque gremista. Em fevereiro, quando o atacante já sofria com a falta de oportunidades na equipe, seu pai, o ex-jogador Mauro Martins, deu declarações polêmicas, gerando ainda mais turbulência.

"Quando o Marcelo chegou ao Grêmio, fazia 10 anos que o clube não conseguia nada. Era um 'timinho' quando o Marcelo chegou. É graças a ele que o Luxemburgo, dirigentes e muitos jogadores estão empregados. Colocar o Marcelo na terceira equipe é menosprezo", disse o pai do atacante, que já havia se referido ao Palmeiras como “time fracassado” quando o clube paulista demonstrou interesse em contratar Marcelo Moreno.

Em abril, quando já estava há dois meses sem jogar, Moreno foi afastado definitivamente no Grêmio. No mês seguinte, chegou ao Flamengo, por empréstimo, com parte dos salários paga pelo clube gaúcho.

Queda no Flamengo

Com a camisa rubro-negra, Marcelo Moreno começou bem. Inicialmente, ausências aconteceram apenas por convocações para a Seleção Boliviana. Entretanto, após dar uma assistência em jogo contra o Atlético, em Brasília, o atacante sofreu lesão muscular e foi desfalque por três rodadas do Brasileirão. Nesse período, ele passou a ser ameaçado por Hernane, que marcou dois gols no Fla-Flu.

A perda de posição para o Brocador foi confirmada quando Marcelo Moreno esteve ausente em outras três rodadas por conta de nova convocação para a Seleção Boliviana. Mesmo após a volta de Moreno, o técnico Mano Menezes optou por deixá-lo no banco de reservas, enquanto Hernane seguia balançando as redes.

Na campanha do título da Copa do Brasil, o boliviano foi figurante. Depois de participar dos dois jogos diante do Cruzeiro nas oitavas de final, ainda com Mano Menezes como treinador, Moreno não foi mais aproveitado. Sob o comando de Jayme de Almeida, sucessor de Mano, Marcelo Moreno teve poucas chances. Ele entrou no fim de três jogos e ficou, ao todo, 11 minutos em campo. Sua última atuação em 2013 foi em outubro, na derrota por 1 a 0 para o Atlético, ao substituir Carlos Eduardo aos 41 minutos do segundo tempo.