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Com risco de perda de até 20 mandos, jogadores do Cruzeiro questionam penas do STJD

Fábio e Borges não concordam que clubes sejam punidos por ações de torcidas

postado em 01/10/2014 09:03

Gustavo Andrade /Superesportes

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Nesta quarta-feira, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) julgará Cruzeiro e Atlético por incidentes no último clássico mineiro. Com risco de verem o clube celeste perder até 20 mandos de campo, o goleiro Fábio e o atacante Borges questionaram as punições dadas aos clubes por ações de seus torcedores.

“Isso é uma coisa totalmente fora da responsabilidade de um clube. Muitas pessoas, dentro ou fora do campo, com ou sem camisa de torcida, gerarão problema. Fica difícil o clube controlar. Se for assim, tem de dividir a culpa com a Polícia Militar. Você fica à mercê de qualquer um que colocar a camisa do clube e está ali para prejudicar. Os infratores, na semana que vem, estarão no jogo. Quando voltarem de suspensão, farão de novo. Isso é da índole da pessoa. Tem de ser punida a pessoa, não o clube ou outras pessoas, que não têm nada a ver”, analisou Fábio, capitão do Cruzeiro.

Já o atacante Borges ressaltou que a equipe tem de estar preparada para vencer mesmo se for distante de sua casa. “No ano passado, a gente teve retrospecto muito bom fora de casa, até mesmo quando perdemos mandos, no nosso estado, jogando em Varginha ou Uberlândia. Quando tem foco, independentemente do lugar, você tem de buscar a vitória. A gente não espera que isso aconteça. Os punidos são sempre os clubes. Não tem como colocar um segurança para cada torcedor. Se acontecer, temos de estar com foco em vencer”, observou o camisa 9.

Incidentes e punições às organizadas

Na partida vencida pelo time alvinegro por 3 a 2, o uso de bombas e sinalizadores gerou transtornos e a paralisação do jogo no fim do primeiro tempo. O árbitro Marcelo de Lima Henrique precisou parar o clássico no Mineirão após “estouros de artefatos explosivos que vinham da divisa das duas torcidas”. Na súmula do jogo, ele relatou que foi informado pela Polícia Militar (PM) “que os artefatos explosivos foram lançados pelas torcidas Galoucura, do Clube Atlético Mineiro, e Pavilhão Independente, do Cruzeiro Esporte Clube, uma contra a outra, não sabendo precisar quem iniciou o confronto”.

Denunciados por infração dupla ao artigo 213, os rivais mineiros responderão por desordens e lançamentos de objetos no estádio. Caso sejam condenados, a multa aplicada pode chegar a R$ 200 mil e a perda de até 20 mandos de campo por infração. A Procuradoria pede ainda a aplicação do artigo 69-B do Regulamento Geral das Competições que determina portões fechados em caso de punição com a perda de mando.

Caso sejam punidos, os clubes terão de cumprir a pena de perda de mando de campo no Campeonato Brasileiro deste ano e, se necessário, na edição de 2015. A eventual pena não interferirá nos compromissos de Atlético e Cruzeiro na Copa do Brasil.

Já as torcidas organizadas Máfia Azul e Pavilhão Independente, do Cruzeiro, e Galoucura, do Atlético, foram suspensas pelo Ministério Público Estadual por seis meses.

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