Cruzeiro

CRUZEIRO

De bom tamanho

Time celeste encara a altitude boliviana sem sustos, se movimenta bastante e cria chances, mas peca nas finalizações e tem Joel expulso na segunda etapa. Resultado embola o grupo

postado em 26/02/2015 08:36 / atualizado em 26/02/2015 08:39

AFP
Não foi o resultado desejado, mas o empate sem gols com o Universitário-BOL, na altitude de Sucre, pode ser considerado bom pelo Cruzeiro em sua estreia na Copa Libertadores de 2015. O time celeste conseguiu criar muitas chances de marcar, mas também deu espaço aos bolivianos, até por a bola ser mais rápida, o desgaste físico ser maior a 2.800m acima do nível do mar e por ter Joel expulso nos minutos finais.

Como Huracán e Mineros-VEN ficaram no 2 a 2 na noite de terça-feira, em Buenos Aires, todas as equipes tem um ponto depois de disputada a primeira rodada do Grupo 3. Argentinos e venezuelanos levam vantagem por terem marcado mais gols. Mas a Raposa poderá assumir a liderança do grupo na terça-feira, quando recebe o Huracán, às 22h, no Mineirão. Antes, porém, vai a Juiz de Fora enfrentar o Tupi, sábado, às 16h, pela quinta rodada do Campeonato Mineiro. Pensando no jogo pela competição continental, o técnico Marcelo Oliveira já adiantou uma equipe mista na Zona da Mata mineira.

“Sentimos um pouco (a altitude) no primeiro tempo e só conseguimos nos soltar na etapa final, mas a expulsão atrapalhou. De qualquer foma está de bom tamanho, não dá para falar que o resultado foi injusto, pois criamos chances, mas eles também poderiam ter marcado. O Fábio fez grandes defesas”, afimou o atacante Leandro Damião.

Citado pelo companheiro, o goleiro celeste alcançou ontem 611 jogos com a camisa celeste, superando Dirceu Lopes como o segundo jogador que mais defendeu o clube, 21 partidas atrás apenas de Zé Carlos. O jogador comemorou que tenha chega a número tão expressivo sem sofrer gols, ainda que desejasse a vitória. “Faltou um pouco mais de tranquilidade para marcar o gol. Mas, diante das circunstâncias, o resultado foi bom”, declarou.

Realmente a partida foi aberta e qualquer um dos times poderia ter saído vencedor. A Raposa tratou de ir para cima no começo, encarando os bolivianos sem parecer sentir os efeitos da altitude. Tanto que aos 17min Willian cruzou da direita, mas Leandro Damião chegou um pouco atrasado, tocando na bola, mas para fora. Mas dois minutos depois os bolivianos deram o troco, com Cuesta cobrando falta e obrigando Fábio a trabalhar.

A partir da metade do primeiro tempo, a equipe mineira passou a esticar bolas no ataque, facilitando o trabalho do adversário. Para completar, o árbitro marcou falta em lance em que Marquinhos roubou bola de forma limpa de defensor e saiu na cara de Robles. Já nos acréscimos, Bejarano cabeceou da esquerda e Palavicini conseguiu cabecear, mas para fora.

Com Willians estreando no lugar de Willian Farias, o Cruzeiro tratou de ditar o ritmo. Logo aos 45 segundos da etapa final, o armador Marquinhos arriscou de fora da área e assustou Robles, explorando um recurso útil na altitude. Já aos 5min foi a vez de Leandro Damião bagunçar a defesa boliviana. Ele deixou Filipetto no chão dentro da área, mas bateu para fora.

Mas aos 12min o Universitario mostrou que estava vivo mais uma vez. Bejarano cruzou da esquerda e Castro, se antecipando, conseguiu tocar por cima, obrigando Fábio a se esticar todo para desviar pela linha de fundo. Os brasileiros voltaram a buscar o ataque. Aos 13min, De Arrascaeta fez fila, mas não conseguiu concluir dentro da pequena área. Já Leandro Damião cabeceou para fora aos 15min. Já aos 23min, Leandro Damião serviu Judivan, que bateu cruzado, rente à trave.

UM A MENOS O Cruzeiro poderia ter terminado o jogo de forma mais tranquilo, não fosse Joel, que havia entrado no lugar de Willian, ter sido expulso aos 38min por entrada dura em Cuesta. Para não correr risco, os jogadores passaram a tocar a bola, garantindo o importante ponto na estreia na Libertadores.

Ficha técnica

Universitario de Sucre-BOL 0 x Cruzeiro 0

Universitario de Sucre-BOL

Robles; Balivián, Ignacio González, Filipetto e Camacho; Rolando Ribera (Mercado 17 do 2º), Silvestre (Urdinnea 34 do 2º), Rubén Cuesta, Alejandro Bejarano e Castro; Palavicini

Técnico: Julio César Baldivieso

Cruzeiro


Fábio; Fabiano, Leo, Paulo André e Mena; Willian Farias (Willians, intervalo), Henrique, Marquinhos, De Arrascaeta (Judivan 14 do 2º) e Willian (Joel 33 do 2º); Leandro Damião

Técnico: Marcelo Oliveira

Estádio: Olímpico Pátria, em Sucre (Bolívia)

Árbitro: Omar Andrés Ponce (EQU)

Assistentes: Carlos Herrera e Luis Vera (EQU)

Cartão amarelo: Willian Farias, Ignacio González

Cartão vermelho: Joel