Cruzeiro

CRUZEIRO

Dois pontos que escapam

Desentrosado, Cruzeiro sofre diante da Ponte Preta, consegue sair na frente na parte final do jogo, mas cede o empate logo em seguida e se mantém sem vencer no Brasileiro

postado em 25/05/2015 09:09 / atualizado em 25/05/2015 09:12

RODRIGO CLEMENTE / EM DA PRESS
O retorno do Cruzeiro ao Mineirão pelo Campeonato Brasileiro não foi do jeito que os 10 mil torcedores presentes ao Gigante da Pampulha queriam. Sem os principais jogadores, que não ficaram sequer no banco, a equipe fez jogo insosso no primeiro tempo e melhorou no segundo, mas conseguiu apenas um empate com a Ponte Preta por 1 a 1, pela terceira rodada – o primeiro ponto da Raposa, que deixou a lanterna, mas não a zona de rebaixamento.

As atenções da Raposa, a partir de hoje, se voltam inteiramente para o jogo de volta contra o River Plate pelas quartas de final da Copa Libertadores, quarta-feira, às 22h, no mesmo Mineirão. Para ir às semifinais depois de seis anos, basta um empate – se perder por 1 a 0, a vaga será decidida nos pênaltis. Pelo Brasileiro, o próximo adversário é o Figueirense, domingo, às 18h30, em Florianópolis.

Depois do tropeço de ontem, Marcelo Oliveira elogiou o comportamento dos comandandos, que se esforçaram muito para compensar o desentrosamento. “Deixamos de ganhar dois pontos. No segundo tempo, atacamos muito, foram 10 finalizações e 12 escanteios. Não fomos brilhantes tecnicamente, com um time desentrosado, mas, mesmo assim, atacamos. Só temos de lamentar o gol sofrido”, afirmou o técnico, que começa hoje a preparar o time para o duelo com os argentinos. Ele recebeu uma boa notícia: poderá contar com o armador uruguaio De Arrascaeta e o lateral-esquerdo chileno Mena, liberados para se apresentar apenas na quinta-feira às seleções dos seus países para a Copa América.

Sem entrosamento, sobretudo no meio-campo, o Cruzeiro não ofereceu riscos à Macaca no primeiro tempo. Com três volantes (Eurico, Bruno Edgar e Charles), não conseguia criar boas jogadas. A troca de bola entre os jogadores do setor e os da zaga acabou irritando a torcida, que teve pouco a comemorar nos primeiros 45 minutos.

PRESSÃO Precisando pontuar no Brasileiro, o time celeste voltou mais determinado e, com 15 minutos da segunda etapa, criou mais do que em todo oprimeiro tempo. Quase marcou em três jogadas: aos 5min, Bruno Edgar chutou cruzado, para fora; aos 6min, depois de cobrança de escanteio, Henrique Dourado cabeceou no travessão; aos 19min, Dourado voltou a cabecear, só que para fora. Mas Rafael teve de fazer duas boas defesas.

Marcelo fez mudanças que deixaram o Cruzeiro ainda mais ofensivo. No início do segundo tempo, Bruno Edgar saiu para a entrada de Neílton e Alisson entrou na vaga de Gabriel Xavier, que sofreu entorse no tornozelo. O time cresceu e, aos 32min, quase marcou em chute forte de Neílton da entrada da área, que Marcelo Lomba espalmou. Aos 36min, Charles recebeu cobrança de falta curta de Fabrício e, com muita força, acertou o ângulo.

“Precisava desse gol, de ter uma atuação legal. Não estou 100%, preciso de ritmo de jogo depois de tudo por que passei. Um ano e três meses treinando separado... Mas tive força. Queria ficar aqui, recusei propostas, sabia que meu ciclo não iria acabar daquela forma”, lembrou. Mas a comemoração durou pouco. Apenas três minutos depois, Fernando Bob lançou a Cesinha, nas costas de Ceará, o ex-atacante atleticano encontrou Biro-Biro, que dominou e chutou sem chances para Rafael. Nos minutos finais, o Cruzeiro pressionou, mas parou em Marcelo Lomba.