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Confiança de campeão

Vantagem histórica e superioridade técnica levam atletas do título de 1976 a cravar Raposa. Mas craques pedem time ofensivo e cuidado com argentinos

postado em 26/05/2015 08:30 / atualizado em 26/05/2015 09:09

EM/D.A Press
Jogadores que foram campeões da Copa Libertadores de 1976 estão confiantes na classificação do Cruzeiro para as semifinais, amanhã, no jogo de volta contra o River Plate, às 22h, no Mineirão. Mas, por conhecerem bem o futebol argentino, eles não esperam facilidade. “O Cruzeiro está com uma vantagem boa, mas não pode esquecer que são os argentinos”, resume o ex-armador Eduardo Amorim. “O Cruzeiro sempre vai bem contra o River”, lembra o ex-volante Zé Carlos, se apegando ao retrospecto do confronto, que dá 10 vitórias celestes contra três do time argentino.

Eduardo Amorim também lembra da vantagem cruzeirense no retrospecto, mas faz um alerta para a equipe de Marcelo Oliveira: “O Cruzeiro tem um currículo bom em cima deles, mas a tendência é de que venham jogar para cima. O time não pode ficar atrás. Tem de procurar ir para cima também. Vejo que o Cruzeiro tem de tomar cuidado, mas deixar de atacar será problemático”.

O ex-atacante Palhinha está bem confiante na classificação para as semifinais. “O Cruzeiro tem totais chances de se classificar. A defesa do River é muito fraca. A possibilidade de fazer gols é muito grande”, acredita o artilheiro de 1976, com 13 gols. “Vai ser um jogo duro. Hoje não tem jogo fácil, mas ninguém esperava que fosse ganhar lá, e ganhou. Deve repetir a dose aqui”, aposta Zé Carlos.

Arquivo/EM/D.A Press
Os campeões de 1976 ouvidos pelo Estado de Minas também concordam em outro ponto: não dá para comparar o duelo de agora com a final daquele ano, quando o Cruzeiro venceu no Mineirão por 4 a 1, perdeu em Buenos Aires por 2 a 1 e levou o título ao ganhar em Santiago por 3 a 2. “Eram equipes tecnicamente de muita qualidade. Hoje, é um pouco mais na força”, avalia Eduardo Amorim, que observa ainda que a própria competição mudou muito nesses anos. “A Libertadores era disputada de forma diferente. Não tinha antidoping, por exemplo”.

Palhinha destaca que em 1976 o River Plate cedeu vários jogadores para a Seleção Argentina que conquistaria o Mundial dois anos depois: “É difícil você analisar. Tanto o Cruzeiro quanto o River tinham muito mais qualidade técnica, não só os times quanto individualmente. Muitos daqueles jogadores foram campeões mundiais com a Argentina em 1978”.

Final Os ex-jogadores acreditam que, passando pelo River Plate, amanhã, no Mineirão, o Cruzeiro terá grande chance de chegar à final da Libertadores. “A equipe vem oscilando demais e, se conseguir dar continuidade, vai crescer de produção, com mais confiança. Se não pegar o Internacional na semifinal, a possibilidade será ainda maior”, prevê Palhinha. “Acho que é muito grande a tendência de chegar à final”, aposta Eduardo Amorim.

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