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Torcida do River Plate se aproveita do silêncio celeste e transforma Mineirão em Monumental

Desde que chegaram às arquibancadas, millonarios não pararam de cantar

postado em 28/05/2015 00:55 / atualizado em 28/05/2015 01:11

Rodrigo Clemente/EM/D. A Press


Cantos incessantes, embalados por bateria, conduziram a festa argentina no Mineirão. Se deixou o Monumental de Nuñez na última semana sob a angústia de ter perdido para o Cruzeiro por 1 a 0, a torcida do River Plate demonstrou entusiasmo e confiança em Belo Horizonte, retribuídos com goleada pela equipe comandada por Marcelo Gallardo.

Diante de um Mineirão lotado, 1.250 millonarios não se acanharam. A noite pôde ter qualquer apreensão amenizada para os argentinos com os gols marcados por Sánchez e Maidana ainda no primeiro tempo. Protegidos por policiais militares e seguranças de uma empresa particular contratados pela Minas Arena, os torcedores do River Plate não tiveram a festa ameaçada por possíveis transtornos com os donos da casa.

Gustavo Andrade/Superesportes


Assim como havia acontecido com os cruzeirenses no primeiro jogo em Buenos Aires, os torcedores argentinos encontraram forte esquema de segurança para protegê-los no Mineirão. Placas metálicas os isolavam desde o Mineirinho, onde ficaram concentrados antes da partida. Depois de caminharem tranquilamente pela passarela que liga o ginásio ao estádio, eles tiveram acesso à esplanada do Gigante da Pampulha mais de duas horas antes de a bola rolar.

Os torcedores do River passaram por revista tão logo chegaram à esplanada. Responsáveis pela segurança relataram que não houve qualquer problema. Os argentinos só encontraram ambiente hostil quando ainda estavam distantes do Mineirão. "A segurança no estádio foi muito boa. Tivemos problemas quando ainda estávamos no hotel e torcedores do Cruzeiro arremessaram paus e pedras. Uma pedra acertou um garoto, mas ele não se machucou", contou Mario Tate, que estava hospedado na Pampulha com a filha Antonela e outros três amigos.
Gustavo Andrade/Superesportes


Embora os ingressos para a torcida do River Plate só pudessem ser comercializados para argentinos, que deveriam apresentar documento de identidade ou passaporte, alguns brasileiros engrossaram o canto dos millonarios. O acesso ao Mineirão foi possível com a compra de bilhetes que já estavam nas mãos de argentinos que desistiram da viagem a Belo Horizonte.

Membros da filial da torcida organizada do time de Buenos Aires vieram de São Paulo. "Eu me apaixonei pelo River em 1996, quando o time ganhou a Libertadores", explicou o personal trainer Tiago Patto, acompanhado de outros quatro brasileiros.

Alguns atleticanos também se "infiltraram" entre os torcedores do River Plate, como o técnico da Cemig Fernando Campos, que usava um chapéu de galo e carregava uma bandeira do time alvinegro. O depachante Wilson Júnior também comprou ingressos de argentinos para poder assistir à partida ao lado dos millonarios. "Vou a quase todos os jogos do Galo e decidi vir secar o Cruzeiro. Felizmente, deu certo", destacou.


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