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Marcelo fica e terá reforços

No primeiro pronunciamento desde a eliminação da Libertadores, presidente garante a manutenção da comissão técnica e diz que contratações serão feitas com inteligência

postado em 30/05/2015 08:00

Paulo Filgueiras/EM
Consequente eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores não vão provocar mudanças drásticas no Cruzeiro. Quem garante é o presidente Gilvan de Pinho Tavares, que reafirmou o desejo de contratar “um ou dois jogadores” para reforçar o grupo, considerado bom por ele.

“Tenho cerca de 60 anos militando no Cruzeiro, ou seja, tenho experiência. Não vou me deixar levar por um resultado negativo, que nos entristeceu, pois tínhamos grandes chances de chegar à semifinal. Logo no começo do jogo, tivemos a chance claríssima de abrir o placar, mas nosso atacante (Willian) não aproveitou. Se aquela bola entra, possivelmente a história seria outra. O time estava visivelmente nervoso, errando muito. Isso acontece no futebol. Só não aceito dizerem que o grupo não serve, que a comissão técnica e a diretoria não prestam”, afirma o mandatário, para quem há gente querendo desestabilizar a equipe celeste, campeã brasileria nos últimos dois anos. “Não vamos criar crise. Nosso grupo é bom, se não fosse, não teria eliminado o São Paulo, ganhado do River em Buenos Aires. A torcida está aceitando mais a derrota que muitos repórteres.”

Ele fez questão de garantir a permanência do técnico Marcelo Oliveira e negou que tenha procurado Vanderlei Luxemburgo ou qualquer outro treinador nesta temporada para substituí-lo. Chateado com as críticas quanto ao planejamento em 2015, ele disse que ainda busca a contratação de um diretor de futebol para o lugar de Alexandre Mattos, que deixou o clube em dezembro, mas só fará isso se encontrar a pessoa certa.

“É um cargo que dá muitas oportunidades para se fazer coisa errada. E tenho pavor de coisa errada, desonestidade. Só contratarei alguém de absoluta confiança, como foi com o Alexandre Mattos, que estava no América e de quem só tive boas referências. Não é por pressão de quem quer que seja que vou trazer qualquer um só para ocupar o cargo. Assim como não trarei qualquer treinador para tirar o emprego do nosso, que ganhou dois títulos brasileiros seguidos”, argumenta.

Com tanta experiência no futebol Gilvan sabe que os resultados, porém, podem determinar mudanças. Porém, se mostra bastante confiante que a equipe vá brigar na parte de cima da tabela do Brasileiro mais uma vez.

Para que isso ocorra, está em busca de reforços, ainda que admita estar encontrando muitas dificuldades. “O jogador que o Cruzeiro quer, todo mundo quer. É um armador clássico, que faça a diferença, como têm o Santos, o São Paulo, o Corinthians e o Internacional. Quem tem não solta. Vamos buscar, talvez quando a janela (de transferências internacionais) se abrir (em 1º de julho) as coisas fiquem mais fáceis.”

De qualquer forma, é bom a torcida celeste não sonhar com uma grande estrela. Afinal, como todos os clubes brasileiros, o Cruzeiro tem limitações financeiras, ainda mais em momento em que a economia está retraída. “Não vou contratar jogador só por contratar. Precisamos suprir nossas necessidades, não gastar dinheiro à toa. Os clubes passarão apertados este ano e temos de ter juízo. Nossas contas estão equilibradas, somos dos poucos clubes do Brasil que pagam em dia e salário cheio na carteira, até para não sermos penalizados pela Justiça do Trabalho, e não vamos fazer nada além de nossas possibilidades”, explica.

TRANQUILIDADE Enquanto aguarda a chegada de reforços, Marcelo Oliveira trabalha com o que tem para que a Raposa comece a reagir no Brasileiro já amanhã, quando visita o Figueirense, às 18h30, em Florianópolis, pela quarta rodada. Ele se mostra bastante tranquilo, apesar da pressão, e confiante em bom desempenho.

“Conversamos com os jogadores hoje (ontem), em tom de cobrança e indignação. Temos oportunidade agora de começar a pontuar no Brasileiro. O Cruzeiro não é pior nem melhor do que ninguém”, afirma.

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