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Contas contra a degola

Mesmo com uma campanha fraca no turno do Brasileiro, se reeditar os mesmos pontos na segunda metade do torneio nacional, Cruzeiro se mantém na elite

postado em 29/08/2015 11:00 / atualizado em 29/08/2015 16:06

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
Um ponto acima da zona de rebaixamento e eliminado da Copa do Brasil, o Cruzeiro inicia neste domingo, contra o Santos, às 18h30, no Mineirão, pela 21ª rodada, sua busca pela recuperação no Campeonato Brasileiro. Serão 18 jogos até a última rodada, em 6 de dezembro, para que a equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo defina sua posição na competição. Matematicamente, a situação não é muito complicada: se repetir a péssima campanha do turno, quando fez 22 pontos (sua pior pontuação na era dos pontos corridos, ao lado da de 2009), a Raposa chegará aos 44 e ficará livre da inédita queda para a Segunda Divisão.

A projeção com uma margem maior de segurança indica que são necessários 46 pontos para não ser rebaixado. Desde 2006, quando o Brasileiro por pontos corridos passou a contar com 20 participantes, nenhuma equipe que atingiu essa pontuação caiu. Em três edições, foram necessários 45 pontos. E em outras três, 42. Mas, no ano passado, o Palmeiras se livrou com apenas 40 pontos.

Vanderlei Luxemburgo trabalha com a meta de conquistar 23 pontos no returno, para terminar o campeonato com 45. “Temos 18 jogos no Brasileiro. Precisamos fazer 23 pontos para nos mantermos na Primeira Divisão. Vamos trabalhar em cima disso. Trabalhar forte”, afirmou o treinador, após a eliminação para o Palmeiras na Copa do Brasil.

Dos 18 jogos restantes, 10 serão no Mineirão, incluindo o clássico contra o Atlético. Se vencer sete deles (contra Santos, Figueirense, Vasco, Coritiba, Fluminense, Goiás e Sport) e empatar com Grêmio e São Paulo, deixando em aberto o resultado do clássico, o Cruzeiro já garante os 23 pontos almejados pelo treinador. É verdade que o time não tem aproveitado o fator casa: em oito partidas no Mineirão, venceu quatro, empatou três e perdeu uma. Então, fica evidente que será necessário melhorar esse retrospecto para escapar do rebaixamento.

Os pontos obtidos fora de casa servirão para sustentar uma recuperação na classificação e compensar qualquer tropeço em casa. Numa projeção realista, a Raposa venceria apenas o Goiás como visitante, empataria com Ponte Preta, Flamengo e Avaí e seria derrotada por Chapecoense, Atlético-PR, Palmeiras e Internacional. Conquistaria, assim, seis pontos fora. Nessa previsão, o time celeste faria 29 pontos no returno, que, somados aos 22 do turno, totalizariam 51, pontuação suficiente para se manter na elite.

EXEMPLO

 

Em 2011, o Cruzeiro fez um péssimo returno e somente conseguiu fugir da degola na última rodada, quando goleou o Atlético por 6 a 1, na Arena Jacaré, em Sete Lagoas. O goleiro Fábio passou por aquela experiência e sabe o que o time não pode repetir agora: “Em 2011, sempre dizíamos que na próxima partida iríamos resolver. Isso não pode acontecer. Não podemos deixar para o jogo seguinte. Não adianta pensar em 18 jogos se não vencermos o primeiro. Temos de vivenciar jogo a jogo, a começar pelo Santos”.

Para o capitão celeste, a recuperação de Goiás, Coritiba e Joinville nas últimas rodadas, mais que assustar, serve de exemplo: “Isso nos motiva. Se esses times conseguiram bons resultados, não vejo a nossa equipe como inferior. Se eles conseguiram duas, três vitórias seguidas, o Cruzeiro tem condições de fazer isso também”.

Arte: Paulinho Miranda

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