Cruzeiro

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Mano de camarote

Novo técnico celeste assina contrato até 2017 e acompanha jogo contra a Ponte Preta em Campinas, mas ainda fora do banco. Treinador interino, Deivid terá de driblar desfalques

postado em 02/09/2015 11:00 / atualizado em 02/09/2015 08:18

PAULO FILGUEIRAS / EM DA PRESS
O técnico Mano Menezes inicia hoje seu trabalho no Cruzeiro, observando a equipe que enfrenta a Ponte Preta, às 19h30, no Estádio Moisés Lucarelli, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time será dirigido pelo auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, o ex-atacante Deivid – que confessou não ter muito o que mudar em relação ao trabalho anterior. Uma posição acima da zona de rebaixamento, com a mesma pontuação de Goiás e Coritiba, a Raposa está na obrigação de vencer para iniciar imediatamente sua recuperação na competição.

Mano Menezes, de 53 anos, foi anunciado como substituto de Vanderlei Luxemburgo no início da tarde de ontem. Seu contrato vai até fim de 2017 e ele traz o assistente Sidnei Lobo e o preparador físico Eduardo Silva. “É uma honra trabalhar em um clube grande como o Cruzeiro. Estou realizando um antigo sonho. Nas próximas horas já estarei junto ao time iniciando os trabalhos de recuperação de toda a equipe”, afirmou o treinador gaúcho ao site do clube. Ele não trabalha desde dezembro, quando deixou o Corinthians. Em maio, Mano fez um curso para treinadores da Uefa, em Fátima, Portugal. O curso durou 28 dias e incluiu disciplinas como Gestão e Organização do Futebol, Comunicação e Imagem, Psicologia no futebol, Arbitragem, Tática e, com maior carga horária, Metodologia do Treino.

Pela manhã, na Toca, Deivid comandou um treino fechado à imprensa para armar a equipe que enfrenta a Ponte Preta. Como auxiliar de Luxemburgo, ele admitiu que não tem muito o que mudar. “Não vai ter muita diferença do que o Vanderlei fazia. Vou colocar os jogadores que estão acostumados a jogar nessa formação e tentar fazer uma grande partida. Acho que o Luxemburgo tentou tudo que era possível. Infelizmente, não deu liga. Futebol é assim: vive-se de resultado”, afirmou.

O ex-atacante, que atuou no Cruzeiro em 2003 (28 gols em 37 jogos), destaca que o foco agora está em cima dos jogadores. “Saiu o treinador, saiu o diretor. O foco mudou e voltou para os jogadores. Temos de nos unir, mudar a atitude e jogar futebol para trazer os três pontos”, apontou Deivid. “A situação não é boa e temos consciência disso e responsabilidade de jogar num clube grande.”

A chance de dirigir a equipe num momento ruim não assusta Deivid. “A gente não escolhe, a oportunidade aparece. Estou estudando e me preparando para ser um grande técnico e não tenho dúvida de que serei, porque tive treinadores que foram referência. Espero começar a carreira bem e fazer um grande jogo com a Ponte Preta”, afirmou o interino, que tinha esperança de continuar no cargo, caso ganhasse da Macaca hoje e do Figueirense, domingo pela manhã, no Mineirão. Com a contratação de Mano Menezes, Deivid foi convidado pela diretoria celeste para ser efetivado como auxiliar técnico permanente do clube.

PROBLEMAS E para essa oportunidade única, Deivid terá muitos desfalques. O lateral-esquerdo Fabrício e o atacante Marinho estão suspensos. O armador Alisson foi cedido à Seleção Brasileira Olímpica, o lateral-esquerdo Mena foi para a Seleção Chilena e o armador De Arrascaeta para a Uruguaia. O lateral Mayke e o zagueiro Leo continuam machucados. O único substituto confirmado pelo treinador interino é o lateral Pará. “Ele me falou para fazer o simples e o que eu sei fazer de melhor, jogar com personalidade e ajudar a equipe a sair dessa situação”, contou o jogador.

Neste ano, Pará teve as melhores oportunidades no início do trabalho de Vanderlei Luxemburgo. Ele foi titular na última partida de Marcelo Oliveira (derrota por 2 a 1 para o Figueirense) e se manteve no time nos cinco primeiros jogos de Luxemburgo, até a derrota por 1 a 0 para o Coritiba, em 28 de junho. “Nesse tempo para cá, vinha trabalhando focado, sabendo que a oportunidade iria aparecer. Agora é agarrar e não sair mais. É pensar na frente, esquecer o que ficou para trás e terminar o campeonato numa boa posição.”