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De volta para o futuro: há 30 anos, Cruzeiro se despedia em definitivo do estádio do Barro Preto

Em 19 de outubro de 1985, diretoria inaugurou sua sede e seu parque esportivo no lugar onde antes ficava o pequeno estádio Juscelino Kubitschek, no Barro Preto

postado em 21/10/2015 16:12 / atualizado em 21/10/2015 18:01

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Nesta quarta-feira, cinéfilos relembraram que a trilogia “De Volta para o Futuro” deu um salto em 1985 e os personagens Marty McFly e Dr. Emmett Brown viajaram por 30 anos até chegarem ao dia 21 de outubro de 2015, mais especificamente esta quarta. A curiosidade suscitou recordações sobre a vida das pessoas há 30 anos atrás.

O Superesportes entrou no túnel do tempo e resgatou um fato importante para a história do Cruzeiro ocorrido nessa época. Em 19 de outubro de 1985, dois dias antes da “viagem para o futuro”, o clube celeste se despediu em definitivo do seu ‘estadinho’ JK, no Barro Preto.

A nova geração de torcedores mineiros pode desconhecer, mas Atlético e Cruzeiro já tiveram estádios próprios. Acanhados, os campos ficavam próximos um ao outro. O do Galo era onde hoje está o Shopping Diamond Mall, enquanto o da Raposa se situava onde atualmente fica o Parque Esportivo do Barro Preto.

Em 1985, o estádio do Cruzeiro já estava em decadência e só recebia jogos das categorias de base do clube, já que os profissionais jogavam no Mineirão e treinavam na Toca da Raposa I. O campo então foi desativado e a área foi transformada na sede e no clube social, nova fonte de receita celeste. Segundo jornais da época, o Cruzeiro não desembolsou nenhuma quantia para a construção, que foi realizada por meio de um convênio com a Secretaria de Estado de Lazer e Turismo.

História do estádio

Arquivo/EM
O campo do Barro Preto foi inaugurado em setembro de 1923, quase três anos depois da fundação do então Palestra Itália. Na época, as arquibancadas eram de madeira. Em 1945, o estádio passou por ampla reforma, ganhou arquibancadas de cimento, vestiários, tribunas cobertas e o nome de Juscelino Kubitschek, ilustre cruzeirense. A capacidade passou para 12 mil pessoas. Muitos jogadores ajudaram nas obras. A inauguração foi em 1º de julho, com o empate do Cruzeiro com o Botafogo por 1 a 1. Naquele mesmo ano, foram inaugurados os refletores.

A última partida do time profissional do Cruzeiro no Barro Preto foi um amistoso contra o Democrata de Sete Lagoas em 14 de fevereiro de 1965, vencido pela Raposa por 4 a 0. Em março de 1973, a diretoria celeste se preocupava com o destino do estadinho, conforme reportagem publicada pelo Estado de Minas, no dia 18: “O velho Estádio JK está acabando. Que fazer com ele?”.

O jornal relembrava os grandes momentos de glória do local e discutia o que seria feito dele num futuro próximo. “Hoje, com o crescimento do Cruzeiro, o progresso está transformando o velho estádio do Barro Preto num grande patrimônio inútil, obsoleto e fora da realidade. É época da Toca da Raposa e da Sede Campestre”, destacava o texto, que lembrava ainda que o Atlético já não tinha mais o Estádio Antônio Carlos e o América vendia o Estádio Otacílio Negrão de Lima.

O jornal relacionava os problemas do local: “O Estádio do Barro Preto tem um campo de dimensões não regulamentares, arquibancadas descobertas com capacidade para 12 mil pessoas, iluminação arcaica, dois vestiários para futebol, uma enfermaria pequena, uma quadra para esportes especializados e sócios, uma piscina de tamanho razoável”. Havia também um prédio principal, no qual funcionava toda a administração do clube.

Arquivo/EM - Cruzeiro/Divulgação
Foram necessários 12 anos depois daquela reportagem para que o Estádio JK tivesse enfim novo destino. Em 1985, o clube firmou convênio com a Secretaria de Estado de Esportes, Lazer e Turismo para a construção de quadras poliesportivas. O presidente da época, Benito Masci, justificou assim a decisão, no EM do dia 3: “O campo de futebol não existia. No seu lugar teremos uma praça esportiva e o Cruzeiro será o segundo Minas Tênis Clube”. A decisão, no entanto, não foi bem recebida pela torcida, já que o convênio foi assinado sem aviso prévio.

Posteriormente, o Cruzeiro voltou a reformar o local, hoje chamado de Parque Esportivo. O futebol profissional não tem mais vez no espaço, que conta com ginásio para três mil pessoas, quadras, piscinas, salão de eventos e salão de festas.

Os últimos 30 anos do Cruzeiro

E o que mudou no Cruzeiro nos últimos 30 anos? No tempo em que os personagens da trilogia “De Volta Para o Futuro” viajaram, o clube celeste conquistou 33 títulos oficiais, alguns deles de peso, como quatro Copas do Brasil, três Campeonatos Brasileiros e uma Libertadores.

Em termos de estrutura, o clube inaugurou em 2003 um prédio de oito andares que abriga hoje a sede administrativa. No ano anterior, a Toca da Raposa II abriu as suas portas para os atletas profissionais, deixando a Toquinha apenas para as categorias de base. Já o principal palco dos jogos do Cruzeiro continuou sendo o Mineirão, casa do futebol mineiro desde 1965.

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