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Dupla jornada

Além de marcar os adversários em campo, Ariel Cabral assumiu a função de ciceronear os companheiros estrangeiros recém-chegados à Toca da Raposa II

postado em 11/02/2016 11:00 / atualizado em 11/02/2016 11:11

WASHINGTON ALVES / LIGTH PRESS
Um dos clubes brasileiros que mais apostaram em estrangeiros neste início de temporada, o Cruzeiro sabe que a torcida exige retorno rápido. Para que os novos “gringos” deem a resposta necessária, o clube conta com um argentino que mal chegou ao clube (em agosto) e já conquistou seu lugar: Ariel Cabral.

Aos 28 anos, o agora camisa 5 tem se esforçado para ajudar a equipe, dentro e fora de campo. Ele tem sido o cicerone dos compatriotas Sánchez Miño, Matías Pisano e Lucas Romero e também do brasileiro-uruguaio-italiano Federico Gino, função para a qual conta com a ajuda do uruguaio De Arrascaeta.

Uma das primeiras preocupações dos estrangeiros é aprender o português. Eles afirmam ter facilidade para entender o que é dito pelos brasileiros, mas as coisas se complicam no momento de falar. Nada que atrapalhe o desempenho, garante Ariel Cabral: “Digo a eles que neste início é um pouco difícil, mas em pouco tempo a questão do idioma fica mais tranquila”.

Para ele, os hermanos têm tudo para se dar bem no Brasil, e só precisam se sentir à vontade para mostrar o que sabem. “No Brasil há mais espaço para jogar. Por isso, os argentinos se adaptam bem, há mais tempo para decidir qual a melhor jogada a ser feita”, comenta.

Como os demais jogadores, Ariel Cabral trabalhou sob forte calor na manhã de ontem, o que, para ele, não chega a ser problema, apesar de reconhecer que as temperaturas em Belo Horizonte são bem mais altas do que na Argentina. Pelo calor e também por ser início de temporada, o volante não teve muito tempo ainda para ajudar os companheiros fora da Toca da Raposa II. A prioridade, segundo ele, é o trabalho. “Fora de campo a gente também conversa sempre, tem aquele papo na hora de tomar o mate. Mas ainda não deu muito para irmos a um restaurante, mostrar a cidade, tem sido só treino e descanso. Mais para frente vamos fazer isso.”

ESQUEMA Desde que foi efetivado como treinador, Deivid vem tentando implantar um novo esquema no Cruzeiro, com apenas dois volantes de marcação, em vez de três, como era com o antecessor Mano Menezes. Isso tem sobrecarregado Ariel Cabral e Henrique, até porque os homens da frente ainda não conseguem fazer a recomposição defensiva corretamente e durante todo o jogo.

Para o argentino, porém, o acerto é questão de tempo: “É importante que todos se adaptem rapidamente ao novo esquema. Até agora foi difícil porque jogamos com dois volantes e quatro atacantes. Mas, com os treinos, vamos encaixar, sendo inteligentes e sabendo variar a formação, saindo do 4-2-3-1 para o 4-3-3 ou 4-2-4, dependendo das situações”.

ESTRELADAS...

Com três volantes

Ontem pela manhã, Deivid mesclou titulares e reservas no treino, formando três times, todos com dois laterais, dois zagueiros, dois volantes, três armadores e um atacante, no tradicional 4-2-3-1. À tarde, no entanto, ele testou a equipe titular com três volantes: Henrique, Ariel Cabral e Bruno Ramires. A preparação para pegar o Tupi, domingo, no Mineirão, continua hoje à tarde.

Sem retorno
O Cruzeiro garante não ter tentado a volta do volante Lucas Silva, negociado com o Real Madrid há pouco mais de um ano e que não se firmou na Europa. O jogador está emprestado ao Olympique de Marselha, que tentou repassá-lo ao Anderlecht, da Bélgica, mas não houve acerto. A direção celeste alega ter muitos volantes no grupo: Ariel Cabral e Henrique vem sendo titulares, enquanto Bruno Ramires, Uillian Correia, Marciel, Gino, Lucas Romero e Sánchez Miño lutam por espaço.

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