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Longas distâncias percorridas no futebol brasileiro serão uma novidade para Paulo Bento

Treinador estava acostumado com as curtas distâncias de Portugal

postado em 23/05/2016 11:00 / atualizado em 23/05/2016 08:57

ARTE / ESTADO DE MINAS
Se o técnico Paulo Bento teve toda a tranquilidade para preparar o Cruzeiro para a partida com o Figueirense na semana passada, depois da estreia ele começa a conviver com algumas das adversidades próprias do futebol brasileiro. Entre elas está o pouco tempo para trabalhar e as grandes distâncias que as equipes têm de percorrer para jogar. O próximo compromisso, por exemplo, já será quarta-feira, contra o Santa Cruz, em Recife, distante 1,6 mil quilômetros de Belo Horizonte em linha reta, ou 2 mil quilômetros pelas estradas.

Para comparação, tratam-se de números três vezes maiores que o treinador teria de percorrer para cruzar seu país natal, Portugal, de Norte a Sul. Ou o dobro do que teria de voar para ir à Ilha da Madeira, sede de clubes da Primeira Divisão portuguesa, como Marítimo e Nacional.

Só nas 10 primeiras rodadas, a Raposa terá de ir também ao Rio, enfrentar Botafogo; a Porto Alegre, encarar o Grêmio; a Campinas, pegar a Ponte Preta; e Chapecó, local do embate com a Chapecoense. Nada disso, porém, tira a tranquilidade de Paulo Bento, que pretende lançar mão de tudo que for possível para preparar bem a equipe e ainda evitar o cansaço pelos constantes deslocamentos.

“Não podemos reclamar, sabíamos que ia ser assim, além do mais, todos passam pela mesma situação. Temos é que trabalhar com imagem, usar a conversa, tratar da melhor maneira possível as coisas. Vamos procurar manter o que foi de bom e corrigir o que não gostamos”, afirmou ele, depois dos 2 a 2 com o Figueirense, na noite de sábado, no Mineirão.

Daquela partida, ele gostou do que o time apresentou nos primeiros 25 minutos, quando envolveu o adversário e criou chances de marcar. Porém, criticou a desorganização na etapa final, mesmo que o time tenha conseguido chegar ao empate depois de estar perdendo por 2 a 0.

“A gente vai procurando opções, estudando. Algumas coisas deram certo no primeiro tempo. Aproveitamos bem os espaços entre as linhas do Figueirense, por exemplo, mas depois tivemos dificuldades para dar continuidade aos ataques. Tentamos criar superioridade pelos lados, mas não fomos felizes nos últimos metros do campo. Com a entrada do Douglas Coutinho (autor do segundo gol) ganhamos o jogo aéreo, além dos cruzamentos. Vamos conhecendo mais o grupo”, disse ele.

VOLTAS Para o jogo de quarta-feira, Paulo Bento terá a volta do lateral-direito Lucas e do volante Lucas Romero, que cumpriram suspensão diante dos catarinenses. Ambos serão julgados na quarta-feira pela expulsão contra o Coritiba, mas, mesmo condenados pela Terceira Comissão Disciplinar do STJD, terão condições de jogo. Já o armador Robinho poderá estrear, recuperado de edema. Por outro lado, o atacante Allano está fora, pois sofreu luxação no ombro esquerdo diante do Figueirense.

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