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Mesmo em alta, Cruzeiro inicia 2017 com sua 2ª pior média de público nos últimos 5 anos

Invencibilidade do Cruzeiro não tem sido suficiente para encher o Mineirão

postado em 25/02/2017 11:00 / atualizado em 25/02/2017 16:54

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press
Ter um dos melhores aproveitamentos entre os grandes clubes brasileiros neste início de temporada não tem sido suficiente para fazer a torcida do Cruzeiro prestigiar a equipe. Nos quatro jogos oficiais em que foi mandante em 2017, a Raposa atraiu 59.353 pagantes, média de 14.838, a segunda pior dos últimos cinco anos, atrás apenas da registrada em 2014 – que, por sua vez, teve arrecadação melhor.

À exceção do clássico com o Atlético (39.811 pagantes), na estreia das duas equipes na Primeira Liga, nenhuma das partidas do Cruzeiro no Mineirão teve público digno da tradição celeste. O quadro até melhorou um pouco no jogo com o São Francisco-PA, pela segunda fase da Copa do Brasil, que tinha como grande atração a estreia do armador Thiago Neves, mas mesmo assim ficou abaixo do esperado: 10.096 pagantes.

A diretoria tem feito a parte dela. Na partida pelo torneio mata-mata, fez promoção de ingressos, com o setor Inferior Vermelho do Mineirão custando apenas R$ 20, sendo que algumas categorias de sócios-torcedores, menores de 12 anos, maiores de 60 e estudantes pagavam apenas R$ 10. A resposta não foi a esperada, mesmo levando-se em conta que o adversário não oferecia atrativos.

A esperança é que a boa campanha – oito vitórias e um empate em nove jogos – aliada ao bom futebol apresentado pelos comandados por Mano Menezes em quase todas as partidas façam os cruzeirenses ir mais ao estádio. Além disso, o ingresso de R$ 20 está mantido para a partida com a Caldense, na quinta-feira, às 20h30, no Mineirão, fechando a quinta rodada do Campeonato Mineiro.

O clube não pensa em baixar mais o preço do bilhete, até para não prejudicar o programa de sócio-torcedor. A intenção é conquistar novos adeptos e trazer de volta os que deixaram de pagar. Para isso, o Cruzeiro acabou com as promoções, como a que permitia a cada associado levar até quatro acompanhantes, de graça ou com descontos generosos. Como 80% do público nos jogos é formado por integrantes do programa de fidelidade, a tendência é que se registrem mais pagantes na sequência da temporada.

“Em fevereiro, temos média de 120 novas adesões e reativações (ex-sócios que voltaram a contribuir) por dia. É um número muito bom, que queremos ampliar por ações como contato direto ou a realização do Reduto Azul (promoções em cidades do interior)”, explica o diretor de Marketing e Relações Públicas celeste, Marcone Barbosa.

ARRECADAÇÃO

Além de empurrar o time da arquibancada e deixar o espetáculo mais bonito, a presença da torcida é fundamental para as finanças do clube. As partidas contra Tricordiano (4.612 pagantes) e Chapecoense (4.834 pagantes) renderam apenas R$ 206.381 brutos, menos do que ganham vários jogadores do grupo cruzeirense, inclusive alguns que estão na reserva.

O clube arrecadou, em média, R$ 383.011,50 em 2017. Só para efeito de comparação, em 2013, o número foi de R$ 1.475.282,50.


Públicos e rendas nos últimos cinco anos
Contabilizando os quatro primeiros jogos como mandante

Ano     Total de pagantes     Média     Arrecadação bruta    Média
2017  (*) 59.353                                14.838          R$ 1.532.046             R$ 383.011,50
2016      65.239                                 16.309           R$ 1.630.183              R$ 407.545,50
2015 (*) (**) 85.417                         21.354           R$ 3.193.802            R$ 798.450,50
2014 (*) 50.728                                 12.682           R$ 1.562.970            R$ 390.754,50
2013 (*) 104.943                              26.235           R$ 5.901.130             R$ 1.475.282,50

(*) Inclui clássico com o Atlético (**) Inclui jogo pela Libertadores

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