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Rafael Sobis dispara contra final com torcida única no Independência: "É piada"

Atacante ainda lamentou redução de pena do atacante Fred, do Atlético

postado em 27/04/2017 10:46 / atualizado em 27/04/2017 20:42

Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Sem papas na língua, Rafael Sobis disparou em entrevista coletiva nesta quinta-feira contra a decisão que pode tirar o torcedor do Cruzeiro do segundo jogo da final do Campeonato Mineiro. “É piada”, disse o atacante. Marcado para este domingo, às 16h, no Mineirão, o primeiro clássico receberá 90% de cruzeirenses e 10% de atleticanos. Proporção que, a princípio, não será respeitada no duelo da volta, no domingo seguinte, já que a Polícia Militar vetou o Independência com duas torcidas.

“Estou sabendo que o jogo no Mineirão vai ter os 10% e o outro não? Depois que eu responder, queria que vocês me respondessem. É piada. Na verdade, é um tema que não cabe a nós, mas sabemos o mínimo porque vivemos isso. Teve também absolvição. Se o Cruzeiro quiser ser campeão vai ter que ganhar não só dentro de campo”, disse o camisa 7, lembrando também da redução de pena do atacante Fred, do Atlético, no Tribunal de Justiça Desportiva.

“É super importante (ter torcida). O clube que você estiver representando, se tiver uma pessoa lá, já vale muito para nós, porque estamos representando aquela pessoa no momento, independentemente do rival, e independentemente de 10% ou não, que as coisas sejam igual. Só isso. 100% e 100% do outro, 50 a 50, mas que sejam iguais, não pode ter uma discrepância dentro de uma regra que eu pensava que era tão clara”, complementou.
 
Nesta quinta-feira, já antes do primeiro duelo pela final do Mineirão, o Cruzeiro tentará reverter a decisão da Polícia Militar. A diretoria do clube se reunirá com procuradores do Ministério Público de Minas Gerais, em encontro que deve ocorrer até o fim da tarde. O planejamento é ter, ainda, espaços nas agendas do Governo do Estado e do Comando Geral da PMMG.
 
O clube destacará que outros clássicos nas mesmas condições já foram realizados no Independência com as duas torcidas, e a Polícia Militar teve condições de garantir a segurança. Além disso, será usado o argumento de que o estádio passou por obras de reconstrução anos atrás, ao custo de R$ 140 milhões, arcados pelo governo de Minas, justamente para atender as demandas dos principais clubes do estado.

A polêmica começou nessa terça-feira, em reunião entre representantes de Cruzeiro, Atlético, Federação Mineira de Futebol e autoridades, que definiu o jogo de ida do próximo domingo, às 16h, no Mineirão, com divisão de ingressos em 90% (mandante) a 10% (visitante). O encontro na sede da FMF foi recheado de discussões acaloradas entre integrantes das duas diretorias. O diretor de futebol cruzeirense, Klauss Câmara, e o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, mostraram discordância em vários pontos. O Cruzeiro propôs que os dois jogos ocorressem no Gigante da Pampulha, com partilha equivalente da carga de bilhetes, mas o Atlético recusou essa possibilidade.

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