Gringos dão as cartas na definição do draft

Os estrangeiros foram as estrelas do cada vez mais globalizado Draft da NBA, o vestibular para jogar no melhor campeonato de basquete do mundo, realizado na noite de quinta-feira, em Nova Jersey. No total, foram 11 jogadores de nove países a serem escolhidos, sendo dois franceses, dois lituanos, e um da Turquia, Letônia, Congo, Montenegro, Grécia, Mali e República Tcheca.

Em busca de um novo LeBron James, o Cleveland Cavaliers, time de pior campanha na última temporada, teve direito a duas escolhas entre os 10 primeiros da lista. Escolheu duas promessas nascidas fora dos Estados Unidos, o australiano Kyrie Irving e o canadense Tristan Thompson, embora ambos sejam naturalizados norte-americanos. Eles serão companheiros do brasileiro Anderson Varejão.

Depois de uma campanha pífia na última temporada, motivada, principalmente, pela saída do astro LeBron James, que foi para o Miami Heat, a franquia de Ohio aposta nos jovens para renascer na liga. E, satisfazendo as expectativas, o armador Irving, da Universidade de Duke, foi a primeira escolha do draft.

Destaque do basquete universitário, o atleta nasceu em Melbourne, na Austrália. A comparação com LeBron é inevitável: isto porque na última vez em que os Cavaliers tiveram a primeira opção, em 2003, o escolhido foi o MVP das temporadas 2006 e 2008.

Efeito Nowitzki
Para muitos, o Draft’2011, o mais internacional da história, é causa do chamado “efeito Nowitzki”, o comandante, em quadra, do atual campeão, o Dallas Mavericks, eleito o melhor jogador da final. O mais curioso é que, entre os 10 primeiros da lista, seis nasceram fora dos EUA.

Impressionante também a velocidade como as trocas aconteceram, a ponto de dois dos escolhidos acabarem juntos na mesma equipe, o Charlotte Bobcats, que terá Kemba Walker e Bismarck Biyombo, este último escolhido pelo Sacramento Kings. O Indiana Pacers, que queria o ala George Hill, do San Antonio Spurs, conseguiu seu objetivo cedendo para o concorrente sua escolha, a 15ª, Kawhi Leonard.

Foi também uma noite de muitos negócios, pois não só jogadores draftados foram trocados. Rudy Fernandez sai do Blazers e vai para o Mavericks; Raymond Felton deixa o Nuggets, de Nenê, indo para o Blazers, que abriu mão de Andre Miller, que está de volta ao Denver. O Houston anuncia o armador Jonny Flynn, do Timberwolves, dando em troca Donatas Motiejunas. Além disso, receberá Brad Miller e Nikola Mirotic.

Nenê
O pivô Nenê, do Denver Nuggets, solicitou, ontem, em ofício à Confederação Brasileira de Basquete (CBB), seu pedido de dispensa da Seleção Brasileira, que disputará o Torneio Pré-Olímpico de Mar del Plata, na Argentina. O documento foi encaminhado por seu empresário e diz: “Maybyner Hilário (Nenê) está solicitando dispensa da Seleção Brasileira de Basquete por motivos contratuais e pessoais”. O pivô, que atua na NBA, não defende a Seleção desde 2007. Em duas outras oportunidades (2008 e 2009), ele também havia pedido dispensa – a primeira delas para recuperação da cirurgia que retirou um tumor no testículo.