Os dirigentes do Botafogo evitaram se posicionar abertamente sobre o caso, que está entregue ao departamento jurídico. Porém, existe a certeza de que não existe semelhança com o episódio que excluiu o Grêmio da Copa do Brasil de 2014. Naquela ocasião, o goleiro Aranha, então no Santos, foi ofensido por torcedores do clube gaúcho que gritaram ofensas racistas.
No caso de quarta-feira o Botafogo se apega primeiramente em ter agido rapidamente, identificado o torcedor e auxiliado o trabalho da Polícia Militar. Além disso, apenas um torcedor cometeu ofenças e para um clube ser punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), conforme diz a própria legislação:
“Caso a infração prevista neste artigo seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas vinculadas a uma mesma entidade de prática desportiva, esta também será punida com a perda do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição, independentemente do resultado da partida, prova ou equivalente, e, na reincidência, com a perda do dobro do número de pontos atribuídos a uma vitória no regulamento da competição”. O Botafogo aguarda agora a decisão do STJD para preparar a sua defesa caso seja denunciado.
Dentro de campo o elenco se reapresentou para um trabalho regenerativo e nesta sexta-feira pela manhã o técnico Jair Ventura deverá definir a escalação para o duelo contra a Ponte Preta, no próximo domingo, às 16h(de Brasília), no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas (SP), pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Para este compromisso, de olho no jogo da volta contra o Flamengo na próxima semana, o treinador deverá preservar a maior parte dos titulares. O zagueiro Joel Carli, expulso no primeiro jogo contra o Rubro-Negro, e o atacante Rodrigo Pimpão, advertido com o terceiro cartão amarelo no mesmo jogo, cumprem suspensão na Copa do Brasil e por isso devem ser utilizados contra a Macaca. A viagem para o interior paulista acontece após o treino de sábado.