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COI descarta vetar ciclismo em Olimpíada por excesso de casos de doping

Para o COI, vetar o esporte pelos casos recentes seria punir a maioria dos atletas

postado em 24/10/2012 12:27

Apesar da surpresa com o caso Lance Armstrong, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, descartou nesta quarta-feira impor qualquer restrição ao ciclismo nos Jogos Olímpicos por risco de doping.

Na avaliação do dirigente, vetar o esporte por causa dos casos recentes de trapaça seria injusto com a maioria dos atletas. "Seria injusto penalizar a grande maioria dos atletas limpos", afirmou Rogge, cuja maior preocupação nos últimos anos foi justamente os casos de doping no esporte.

O presidente do COI afirmou ter total confiança nos esforços da União Ciclística Internacional (UCI) em acabar com o doping. "A UCI sempre esteve na vanguarda desta luta", declarou. Ele lembrou que o ciclismo foi um dos primeiros esportes a implementar o passaporte biológico para monitorar as amostras de sangue dos atletas.

Rogge disse ainda que ficou "chocado" com as denúncias envolvendo o nome de Lance Armstrong, sete vezes campeão da tradicional Volta da França. O ciclista norte-americano perdeu seus títulos e foi banido do esporte por doping, depois que a Agência Antidoping dos Estados Unidos (Usada, na sigla em inglês) produziu minucioso relatório sobre a suposta conduta irregular do atleta.

O dirigente do COI adiantou que vai aguardar novas ações da UCI para definir se vai manter ou cassar a medalha de bronze conquistada por Armstrong na Olimpíada de Sydney, em 2000. O pódio olímpico foi obtido justamente no período analisado pela Usada, no qual o ciclista teria utilizado substâncias proibidas para acumular os títulos consecutivos da Volta da França, entre os anos de 1999 e 2005.