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COI pode punir Yelena Isinbayeva por declarações sobre lei antigay

Após repercussão das declarações, a atleta emitiu um comunicado se retratando

postado em 05/09/2013 09:50

Medalhista de ouro do salto com vara no Campeonato Mundial de Atletismo, disputado na Rússia, no mês passado, Yelena Isinbayeva também chamou a atenção de todo o mundo com declarações polêmicas que defendiam a lei antigay de seu país. Menos de um mês após a competição, o Comitê Olímpico Internacional (COI) pode aplicar algum tipo de punição à russa pelo transtorno causado.

"Nós vamos considerar isso no devido tempo", afirmou Jacques Rogge, presidente do COI, ao ser questionado se a atleta era a melhor opção para assumir o cargo de embaixadora dos Jogos Olímpicos da Juventude, que será disputado na China, de 16 a 28 de agosto de 2014.

Na ocasião, Isinbayeva se mostrou contra as atitudes da suecas Moa Hjelmer e Emma Green-Tregaro, que pintaram as unhas nas cores do arco-íris, símbolo da bandeira homossexual. O ato vai diretamente contra à lei antigay do país, que proíbe qualquer tipo de veiculação de propaganda sobre homossexualidade.

“Nos consideramos pessoas normais, dentro do padrão. Vivemos com homens ao lado de mulheres e mulheres ao lado de homens... É um desrespeito com o nosso país e nossos cidadãos. Nós, russos, somos diferentes do restante da Europa. Temos nossa casa e nossas leis, e todos devem respeitá-las”, afirmou a saltadora.

Depois da repercussão das declarações em todo o mundo, a campeã mundial emitiu um comunicado oficial se retratando e afirmando que havia sido mal interpretada.

Além da revolta de diversas pessoas, as declarações podiam começar um possível boicote aos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão disputados em Socchi, também na Rússia, em 2014. Sem especificar que punição poderá ser aplicada à russa, o presidente do COI afirmou que não irá mais pressionar o governo do país em busca de esclarecimentos.

"Recebemos garantias informais e formais [do governo russo]. Estamos realizando os Jogos em um país que possui sua soberania. O COI não pode esperar ter influência nos assuntos de um Estado soberano. Estamos restritos em poder e ação na posição de convidados", afirmou Rogge.

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