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Comitê Olímpico Internacional espera ser exemplo de combate à corrupção para Fifa

COI já teve esquema de corrupção revelado por um próprio membro em 1998

postado em 05/10/2015 18:21 / atualizado em 05/10/2015 18:27

AFP PHOTO / POOL / ROLEX DELA PENA
Em encontro com jornalistas nesta segunda-feira, na cidade de Kitzbuhel, na Áustria, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, admitiu que uma boa saída para a Fifa seria a maior entidade do futebol mundial seguir à risca o exemplo do COI quanto às investigações que tangenciam esquemas de corrupção.

Imersa em polêmicas de bastidores desde o fim de maio, quando a prisão de sete dirigentes executivos ligados à entidade deu início a um processo de investigação cujos desdobramentos continuam sendo percebidos com o passar dos meses, a Fifa deveria se esforçar para aderir a uma estratégia semelhante à usada pelo COI, segundo o alemão Bach.

“O COI levou a cabo, nos últimos 15 anos, reformas em numerosos âmbitos. Se outra organização esportiva quiser fazer o mesmo, não teríamos nada contra, pelo contrário, até saudaríamos o esforço”, declarou Bach, relembrando a época em que o COI cumpriu mandato de suspensão de dez dirigentes, além de outros dez que foram forçados a renunciar.

Ainda em 1998, um esquema envolvendo lobistas norte-americanos e a cúpula do Comitê Olímpico Internacional (COI) foi revelado por um próprio membro do COI, o suíço Marc Hodler, que desvendou esquema de benefício aos dirigentes do COI em prol da indicação da cidade de Salt Lake City como sede dos Jogos de Inverno em 2002.

Em decorrência da denúncia, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos iniciou uma investigação de desvelou um esquema de “mimos” tais como a posse de terrenos, bolsas em universidades locais e até mesmo tratamento médico para membros e parentes de membros do COI que eram beneficiados pelos lobistas a favor da cidade. Além das prisões, o quadro de exigências para a candidatura de uma cidade como sede também foi alterado.

A Fifa, por sua vez, segue com a imagem cada vez mais mergulhada na crise instaurada com as prisões no fim de maio. O demorado processo de extradição junto ao Governo norte-americano amplia a ansiedade dos detidos por uma resolução, que depende, apenas em partes, do governo suíço. Investigando a venda de direitos de transmissão e pagamentos ilegais, a Justiça suíça listou Blatter recentemente em uma investigação. O suíço é acusado de baratear direitos televisivos a Jack Warner e recompensar Michel Platini – sabe se lá a título de quê – com o pagamento de R4 10 milhões em 2011.




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