Runco ri sobre evolução de Adriano: "Vamos ver o que acontece"

O médico José Luiz Runco teve atuação fundamental para o retorno de Adriano ao Flamengo. Foi ele quem operou novamente o tendão de Aquiles do pé esquerdo do centroavante, há cerca de quatro meses, e quem avalizou a sua incorporação ao elenco após um exame realizado na segunda-feira.

“Fiquem tranquilos: o Adriano está liberado. Houve o procedimento cirúrgico acompanhado pelo médico Carlos Alfredo Jasmim, que todos conhecem, e não há problemas da parte médica”, reforçou Runco, descontraído durante um evento promovido pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, em São Paulo, no mesmo dia em que o jogador formalizou a sua volta ao Flamengo.

Não muito disposto a abordar o assunto publicamente, segundo adiantou a organização do encontro de ortopedistas, Runco se permitiu abrir um largo sorriso ao citar as perspectivas para a evolução da recuperação do polêmico centroavante. “Liberamos o Adriano. O restante, vamos ver o que acontece”, concluiu, bem-humorado.

O evento que contou com a participação do médico flamenguista serviu para anunciar os dois ortopedistas selecionados para participar da segunda edição do Fellowship da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Trata-se de um programa de capacitação de jovens profissionais, que terão a oportunidade estagiar na Universidade de Stansford, nos Estados Unidos, no Corinthians, no Atlético-MG, no próprio Flamengo e em eventos esportivos, como o Masters Series de Paris de tênis.

Um dos médicos escolhidos para o Fellowship foi o carioca Raphael Serra – torcedor do Flamengo. “O coração rubro-negro vai bater mais forte quando eu trabalhar lá. Preciso ser profissional, mas, de repente, dá para bater uma bolinha com os jogadores”, vislumbrou o ortopedista, que já aprendeu como se portar em relação a Adriano depois de escutar o discurso de Runco. “Vai ser bacana conhecer o Imperador, mas ele já está curado. Não precisa mais do nosso tratamento”, disse.

Adriano já havia operado o tendão de Aquiles do pé esquerdo no começo de 2011, no Corinthians. O próprio atleta (que mancava com frequência) reconheceu não ter se dedicado como deveria à recuperação da cirurgia, o que obrigou José Luiz Runco a comandar novo procedimento um ano depois.

Na temporada passada, um dos médicos que participaram do Fellowship estagiava no Corinthians justamente na época em que foram noticiadas as frequentes faltas de Adriano às sessões de fisioterapia. “Estive lá bem no dia do esporro. A partir daí, ele passou a vir mais algum tempo, uns dois ou três dias. E voltou ao seu normal depois”, lembrou o ortopedista palmeirense, rindo.