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Rodízio de jogadores pode ser desafio ou solução para Juan Carlos Osorio 'administrar' São Paulo

Colombiano chega para iniciar reformulação no modelo de trabalho do Tricolor

postado em 29/05/2015 09:59 / atualizado em 29/05/2015 10:04

 AFP PHOTO / JUAN MABROMATA

A metodologia de Juan Carlos Osorio tem dado o que falar antes mesmo de o treinador chegar ao São Paulo. Com rótulo de estudioso, o colombiano é contratado para ser a peça principal da reformulação do modelo de trabalho no departamento de futebol tricolor. Uma de suas bandeiras é o rodízio no time titular, estratégia que pode levar a equipe ao paraíso ou a perdição.

Em alguns pontos o novo treinador deve encontrar problemas para implantar a filosofia, e em outros terá facilidade. É o desequilíbrio do elenco que torna a tarefa árdua: o Tricolor tem apenas um lateral esquerdo, por exemplo, enquanto ostenta seis zagueiros.

Os setores de meio-campo e ataque são tidos como de alto nível pela quantidade de peças, mas houve pouca briga por posição. Hudson, PH Ganso e Alexandre Pato foram praticamente os donos de suas posições sob comando de Milton Cruz. Foram nove atuações em dez jogos, empatando com Rogério Ceni no topo da lista dos mais aproveitados.

Na outra ponta há quem seja subaproveitado. São os casos dos seis atletas que não foram usados por Milton Cruz: Denis, Daniel, Alan Kardec estiveram lesionados, enquanto Leo, Édson Silva e Ewandro não tiveram espaço.

Carlinhos, Boschillia e Jonathan Cafu tiveram duas atuações, e Thiago Mendes jogou quatro vezes. Daí para cima, o restante do elenco apareceu em pelo menos seis dos dez compromissos do Tricolor com o interino.

Esse conceito deve mudar com a chegada de Osorio, que tende a acentuar o tal rodízio. Resta saber como o treinador colombiano resolverá a falta de concorrência na lateral esquerda, além do conflito entre Luis Fabiano e Alexandre Pato no comando ofensivo. Se por um lado a estratégia diminui a sobrecarga dos atletas, por outro pode escancarar a escassez de reservas em posições carentes ou desagradar os chamados “medalhões” do elenco.

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