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Dobradinha nas quadras do masculino

UFJF e Flamengo estudam parceria para próxima Superliga

postado em 29/04/2015 10:17 / atualizado em 29/04/2015 10:20

Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Uma conversa iniciada em dezembro pode resultar na parceria entre a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o Flamengo – assim, a equipe carioca voltaria a disputar a Superliga Nacional Masculina de Vôlei, da qual participou nas décadas de 1990 e 2000, quando contou com o ex-ponteiro Tande. O time juiz-forano detém a vaga para a competição, enquanto o rubro-negro tem projetos no vôlei, inclusive com a construção de um ginásio exclusivo para a modalidade. E a parceria propiciaria o retorno.

Há três anos, o Flamengo resolveu separar o departamento de futebol dos demais. Assim, foi criada a diretoria de Esportes Olímpicos e, para ocupar o cargo de diretor, foi contratado o ex-jogador de basquete Marcelo Vido, que, além de ter defendido dois times mineiros (Minas e Ginástico) como jogador, era, na época, chefe do departamento de marketing minas-tenista.

Quando Vido chegou ao clube carioca, seu departamento tinha um déficit de R$ 17 milhões. Três anos depois, o balanço é positivo, em R$ 26 milhões, sendo que essa verba é distribuída para outras modalidades, sendo que três são aquáticas: natação, pólo-aquático (masculino e feminino) e nado sincronizado. A receita também vai para o remo, o judô, a ginástica artística, o vôlei e o basquete – hoje, o carro-chefe. “Temos o projeto para iniciar ainda este ano a canoagem, que está muito próxima do remo”, diz Marcelo Vido.

Segundo ele, o projeto do crescimento do vôlei é uma realidade no Flamengo. “Já apresentamos o projeto para a construção de um ginásio só para a modalidade na Gávea, que já foi aprovado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), mas, curiosamente, não foi pela Prefeitura do Rio de Janeiro.”

O dirigente conta que há, inclusive, a possibilidade da montagem do novo time, que já existe nas categorias de base, para a Superliga B. “A parceria viria a calhar por dar a vaga na competição principal. Mas já está decidido que a volta se dará, se não for agora, para disputar o acesso.”

O que impede o prosseguimento da conversa, segundo ele, são detalhes, como patrocínio: “O Flamengo tem de entrar na competição em condições de brigar por títulos, assim como ocorre no basquete. Então, tem de ser com um patrocínio forte.”

Patrocínio Maurício Bara, diretor-técnico de vôlei da UFJF, diz que o contato foi feito em dezembro, e que o objetivo é possibilitar o crescimento da equipe mineira. “O jeito tradicional não funcionou como esperado. A exigência é grande para contar um time de ponta. Tendo o Flamengo como parceiro, o UFJF daria um salto e, assim, a possibilidade de patrocínio aumentaria. É disso que precisamos no momento.”

Mas o dirigente admite que a possibilidade de concretização da parceria não é imediata: “Primeiro, esbarramos na burocracia. Teríamos de contornar esse problema. Precisamos de fazer outros acertos. Só o tempo poderá definir.”

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