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Sem revolução, mas com otimismo

Ferrari apresenta a F150, a máquina com que espera retomar a hegemonia no Mundial. Carro tem linhas convencionais, que mudarão até a estreia. Equipe esbanja confiança

Rodrigo Fonseca - Superesportes

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Publicação:

29/01/2011 07:00

 

Atualização:

29/01/2011 10:49

Se houvesse um título mundial de F-1 para a equipe mais otimista e confiante, já estaria nas mãos da Ferrari antes mesmo de os carros ganharem a pista pela primeira vez na temporada. Não faltaram superlativos para definir a nova F150 ou promessas de que a equipe do Cavallino Rampante fará uma temporada impecável, capaz de levá-la a conquistar novamente a coroa entre os pilotos e os construtores, depois de três anos de jejum.

Mostrada para todo o mundo ao vivo via internet, a cerimônia de apresentação da máquina de Fernando Alonso e Felipe Massa misturou seriedade e descontração e, de forma surpreendente, não faltaram imagens e descrições técnicas detalhadas do modelo, que homenageia os 150 anos de unificação política da Itália. Ficou claro, no entanto, que muito ainda vai mudar durante as quatro sessões de treinos coletivos antes do GP do Barein, que abre o campeonato em 13 de março.

“Demos atenção especial à dianteira do carro, desenhando um bico mais alto para favorecer a passagem do ar, mas tanto a asa dianteira quanto a traseira não são definitivas”, esclareceu, num italiano perfeito, Nikolas Tombazis, um dos pais do F150, ao lado do projetista Aldo Costa, referindo-se à mudança mais visível em comparação com o F10. Sem a longa barbatana de tubarão que alojava o F-Duct, o sistema comandado pelo piloto para diminuir a inclinação do aerofólio traseiro, chama a atenção a entrada de ar do motor achatada e de forma triangular, inspirando-se na solução usada pela McLaren.

As laterais estão mais bojudas e com formas quadradas, para alojar as baterias do Sistema de Recuperação de Energia Cinética (Kers), que está de volta à categoria depois de um ano. Um pequeno suporte central será usado para acionar o novo sistema de asa traseira móvel imposto pela FIA – um botão no volante mudará o ângulo de inclinação do dispositivo sempre que houver o sinal verde da telemetria, nos boxes – apenas para ultrapassar e quando houver uma distância mínima para o carro que vai à frente.

PROPAGANDA
O presidente Luca di Montezemolo reafirmou que o objetivo principal foi produzir um carro capaz de brigar por vitórias já no Barein, sem depender de problemas com os rivais. “Desde 1997, com raras exceções, temos lutado pelos títulos até a última corrida. Alguns técnicos e pilotos saíram, outros chegaram, mas seguimos com nossa política de evoluir sem fazer revoluções. Trouxemos apenas quem pudesse nos acrescentar novas competências”, declarou o dirigente, que não deixou de fazer propaganda.

“Assim como usamos nosso DNA para criar o F150, estamos lançando agora a FF (primeiro modelo da marca com tração nas quatro rodas). É sensacional e ideal para quem nunca teve uma Ferrari”. Depois, não deixou de criticar o ex-subordinado e hoje presidente da FIA, Jean Todt: “Nos anos 1970, a F-1 era uma questão de motor e mecânica; hoje tudo se limita à aerodinâmica. Além disso, é um absurdo que não se possa testar mais. Sobre a questão dos custos, a categoria continuará sendo fonte de altos investimentos, por mais que se tente limitar os orçamentos. Quem não tem condição de investir que corra em outro lugar”.

À tarde, Fernando Alonso completou as primeiras voltas do F150 no circuito de Fiorano, para filmagens publicitárias. Hoje será a vez de Felipe Massa ter seu primeiro contato com o novo carro.

 

No discurso, condições iguais

 

“Temos o dever de garantir, a nossos dois pilotos, o melhor equipamento, e eles estão livres para dar sugestões ou pedir mudanças que se adaptem a seu estilo. Nossa expectativa é de ter um Massa competitivo desde o início e Alonso com a mesma capacidade do ano passado, quando provou ser um dos melhores pilotos do mundo”. Palavras do presidente Luca di Montezemolo que, ao menos no discurso, garante igualdade de tratamento para o espanhol e o brasileiro.

Consciente de que tem de voltar ao nível de 2008, quando perdeu o título depois de ter recebido a bandeirada como vencedor do GP do Brasil, em Interlagos, para garantir a permanência na equipe de 2012 em diante, o brasileiro se mostra tranquilo. Ele garante que o objetivo é brigar por vitórias e não vê motivos para que isso não ocorra.

“Confio 100% na equipe e em sua capacidade de me dar um carro perfeito para vencer corridas. Me dediquei bastante à preparação física e sei que muitos fatores que me prejudicaram ano passado não se repetirão. Os novos pneus dianteiros (Pirelli), por exemplo. Os Bridgestone faziam com que o carro saísse muito de frente, tentei mudar o que foi possível, mas não conseguia o aquecimento ideal. Desta vez, com maior aderência na frente, meu estilo de pilotagem será favorecido”.

Pressão Fernando Alonso se mostrou animado com o resultado do trabalho que levou ao desenvolvimento do F150. “Ao contrário do que ocorreu ano passado, pude influenciar muito no projeto, discutir minhas preferências e estou bem mais entrosado com a equipe. Quanto à pressão, a externa é infinitamente menor do que a minha própria. Sobre os principais adversários, aposto, além da Red Bull e da McLaren, na Mercedes, que tem tudo para produzir um carro competitivo.”

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