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CAMPEONATO BRASILEIRO

Cruzeiro x Atlético: Procuradoria diz que imagens é que valem e "versões diferentes não importam"

Paulo Schmitt não revelou qual será a posição da Procuradoria sobre incidentes

postado em 22/09/2014 17:06 / atualizado em 22/09/2014 18:52

Luiz Martini /Superesportes

FABIO MOTTA/ESTADAO CONTEUDO

A ameaça de punições a Cruzeiro e Atlético não é realidade distante depois dos incidentes do clássico mineiro. Em entrevista ao Superesportes, o procurador-geral da Justiça Desportiva, Paulo Schmitt, não deu detalhes sobre a possível denúncia que pode ser feita, mas deixou um recado sobre a conduta que será seguida para definir supostos “culpados ou inocentes”.

“Sobre os problemas do clássico, ainda vamos ver. Não tem nada definido. A gente vai analisar as imagens, versões dos interessados não importam para a gente”, disse à reportagem.

Depois do apito final desse domingo, possíveis sanções foram especuladas pela imprensa. O presidente Alexandre Kalil, em entrevista à ESPN, ainda rebateu o valor das declarações da Minas Arena, que é parceira do Cruzeiro no Gigante da Pampulha. Além dos problemas internos houve registro de objetos arremessados em direção ao ônibus do Galo, na chegada ao Mineirão, e quatro atleticanos baleados em um ponto de ônibus da capital. Imagens desta segunda mostram vários sinais de depredação nas cadeiras e corredores do estádio.

Apesar de breve, a resposta do procurador deixa claro que o comunicado oficial da Minas Arena (concessionária do Mineirão), que indica arremesso de bombas apenas por parte dos atleticanos, não será levado em consideração. Segundo Schmitt, o que for comprovado com imagens é que valerá.

A súmula do árbitro Marcelo de Lima Henrique indicou troca de artefatos explosivos das duas torcidas, conforme depoimento prestado pelo sargento Bárcaro, da Polícia Militar de Minas Gerais. Durante o primeiro tempo do clássico, ele chegou a interromper a partida para evitar mais danos. Duas facções, uma do Cruzeiro e outra do Atlético, foram citadas como culpadas pelos problemas no documento exibido no site da CBF. O relato do árbitro não deve ser descartado em um possível julgamento.

Pela postura do Tribunal em incidente com bombas no clássico de 2013, no Independência, mandante e visitante podem ser responsabilizados. Na ocasião, Atlético e Cruzeiro perderam mandos de campo.

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