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Discussão sobre mata-mata volta à tona na CBF

Entidade chegou a criar um grupo para debater o retorno do sistema na Série A

postado em 17/04/2015 08:49 / atualizado em 17/04/2015 10:00

CBF / Divulgação
Em seu primeiro discurso como presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ontem – quando tomou posse na sede da entidade, no Rio –, Marco Polo Del Nero reaqueceu a discussão em torno do mata-mata. A fórmula atual vem sendo contestada por alguns clubes desde o ano passado, apesar do sucesso do formato de pontos corridos, adotado em 2003.

“Esse é outro debate que temos de ter. Eu tenho uma opinião, vamos chamar assim. Temos um Campeonato Brasileiro por pontos corridos que anda muito bem, é harmônico, e qualquer um pode chegar lá e ser campeão. Talvez tenha menos emoções do que o mata-mata, mas tem emoções até o fim do campeonato. O mata-mata tem emoções no dia a dia, mas você também cai fora rápido. Temos a Copa do Brasil e o Campeonato Brasileiro e acho que formamos um bom cenário, mas quem sou eu para mandar nisso tudo? Temos de ouvir, ouvir e ouvir”, disse Del Nero.

A CBF chegou a criar um grupo de trabalho para debater o assunto e o dirigente deixou no ar a possibilidade de o tema ser discutido de forma mais incisiva: “Não sou Deus e nem quero ser professor. Temos de ouvir. Temos de ouvir a imprensa, os treinadores, os atletas, os presidentes de clube. Todos os envolvidos”.

Depois da cerimônia de posse, presidentes de Cruzeiro, Flamengo e Fluminense falaram abertamente sobre a hipótese de criação de um grupo entre as equipes, uma espécie de liga independente, diante da insatisfação de cada um deles com as federações de cada estado. Del Nero ficou usou um tom desafiador ao comentar a intenção dos cartolas: “Para formar uma liga você vai ter uma nova diretoria, os clubes vão ter gastos com essa nova diretoria, e eles não vão conseguir fazer o que a CBF faz. A CBF não cobra um tostão pelas competições da Série A e nas outras séries ainda ajuda. Também se fizesse uma suposta liga e a CBF permitisse, quem paga a conta da Série C e D? Se levar, tem de levar tudo. A CBF faz um pacote só”.

ARRECADAÇÃO
A decepcionante campanha da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, com a eliminação humilhante na semifinal, com a goleada por 7 a 1 para a Alemanha, não influenciou na arrecadação da CBF no ano passado. De acordo com o balanço financeiro apresentado ontem, a entidade teve receita de R$ 519 milhões em 2014, um recorde – em 2013, a arrecadação foi de R$ 436 milhões

A maior parte do dinheiro foi oriunda de patrocínios (R$ 359 milhões, R$ 80 milhões a mais que a do ano anterior), mas a receita com as partidas da Seleção também cresceu, R$ 43,8 milhões, cerca de 40% a mais que em 2013.

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