Futebol Nacional

COPA LIBERTADORES

Agora é com o professor

Com o primeiro duelo confirmado para o dia 6, Cruzeiro e Atlético terão tempo de sobra para aprimorar o poder de fogo e corrigir as falhas rumo aos jogos com São Paulo e Inter

postado em 24/04/2015 08:46 / atualizado em 24/04/2015 08:52

Depois de passarem por momentos de irregularidade na primeira fase, Cruzeiro e Atlético partem para as oitavas de final da Copa Libertadores dispostos a comprovar sua força e o favoritismo apontado antes do início da competição. Sem direito a errar novamente, a dupla mineira sabe que encontrará duelos bem mais difíceis e equilibrados: Raposa e Galo entram em campo em 6 de maio, às 22h, para encarar São Paulo e Internacional, respectivamente. O primeiro confronto alvinegro será em Belo Horizonte, enquanto o time celeste vai enfrentar o tricolor na capital paulista. Os duelos de volta serão dia 13, invertendo-se os mandos. Caso avancem, os arquirrivais podem se encontrar numa semifinal ou decisão.

Antes de sonhar com voos continentais, as duas equipes farão caminhos diferentes. O Cruzeiro terá 15 dias sem compromissos oficiais para recuperar os jogadores mais desgastados fisicamente, além de o técnico Marcelo Oliveira poder ensaiar jogadas e corrigir os erros que impediram a equipe de chegar à final do Campeonato Mineiro. Já o Atlético necessita ser mais incisivo fora de casa, já que na fase de grupos sofreu duas derrotas em venceu um jogo.

Com o time ainda em formação Marcelo tentará fazer com que ele renda como nas últimas duas temporadas, quando encantou o Brasil. Para isso, conta com o crescimento de jogadores importantes no esquema, caso do armador De Arrascaeta. A expectativa é que ele consiga comandar o grupo em partidas decisivas, contando com o apoio dos companheiros de meio-campo, como Marquinhos e Willian.

Há também a necessidade de melhorar a defesa, principalmente diante de equipes com ataques incisivos, como o São Paulo. Depois de não ser vazada nos quatro primeiros jogos da Libertadores, a Raposa sofreu três diante do Huracán-ARG, em Buenos Aires, e voltou a ser vazada nos clássicos com o Atlético. Em ambas com falhas grotescas.

Outra mudança terá de ser na postura na disputa de mata-matas. Se sobrou nos dois últimos brasileiros por pontos corridos, o Cruzeiro fraquejou em algumas disputas eliminatórias desde a chegada de Marcelo Oliveira: na decisão do Mineiro de 2013, ano em que caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Flamengo, depois de ter feito 2 a 1 no Mineirão. A equipe ainda perdeu o título do ano passado para o alvinegro, além de ter sido eliminada pelo San Lorenzo-ARG nas quartas de final da Libertadores em pleno Gigante da Pampulha.

Agora, novamente terá a chance de decidir a classificação em casa. Mas precisa de um bom resultado no jogo de ida, no Morumbi.

Se depender do retrospecto, os cruzeirenses podem ficar otimistas. Afinal, em seis disputas de mata-mata com o tricolor, o Cruzeiro se deu bem em quatro, conquistando dois títulos sobre o adversário, a Copa Ouro95` e a Copa do Brasil'2000.

DECIDINDO FORA No caso do Atlético, terminar em segundo lugar no Grupo 1, atrás do Santa Fe-COL, pode custar caro, pois enfrentará um dos adversários mais qualificados da Libertadores, sobretudo do meio para a frente, com jogadores como D’Alessandro, Alex, Nilmar, Sasha e Valdívia. No entanto, os alvinegros esperam se aproveitar do principal ponto fraco dos gaúchos: a defesa limitada, que tem falhado constantemente no Campeonato Gaúcho e na Libertadores. Em 26 jogos em 2015, o técnico Diego Aguirre ainda não encontrou a dupla ideal – Réver, Juan, Alan Costa, Ernando e Paulão já foram usados.

Quando conquistou a Libertadores’2013 e a Copa do Brasil, no ano passado, o Galo comandou as viradas fazendo sempre a segunda partida em casa. Agora, a força da torcida terá de fazer a diferença em BH para atuar em vantagem no Beira-Rio.

Com boas opções técnicas e de velocidade (ontem inscreveu Thiago Ribeiro, além do zagueiro Joziel e de Carlos César na competição), o alvinegro costuma atuar melhor contra rivais das mesmas características, com mais espaço para criar. Foi assim que fez sua sólida campanha na última Copa do Brasil, contra Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Cruzeiro. Com isso, crescem as possibilidades de ir às quartas de final da Libertadores. Se o adversário alvinegro fosse um time de fora, que jogasse fechado em casa e apelasse para a catimba, a missão seria mais complicada.

Atlético e Internacional se enfrentaram apenas uma vez em mata-matas. Foi nas oitavas de final na Copa do Brasil de 2002, quando os mineiros levaram a melhor depois de perderem por 3 a 2, em Porto Alegre, e vencer por 2 a 0, no Mineirão, que pode receber o duelo do dia 6. Por coincidência, Levir Culpi era o treinador. O desafio dele até lá e manter a intensidade do time que bateu o Colo Colo nos 2 a 0 dramáticos no Horto.

Os mata-matas
» Terça-feira
Universitário de Sucre x Tigres – 21h30
(volta 5 de maio)


» 5 de maio
Estudiantes x Independente Santa Fe – 20h45
(volta 12 de maio)


» 6 de maio
Guaraní x Corinthians – 20h45
São Paulo x Cruzeiro – 22h
Atlético x Internacional – 22h
(volta 13 de maio)


» 7 de maio
Wanderers x Racing – 18h45
River Plate x Boca – 21h
Emelec x Atlético Nacional – 23h15
(volta 14 de maio)

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