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ÁRBITROS

Por direito de arena, reunião entre árbitros pode definir paralisação do Campeonato Brasileiro

Presidente da Anaf acredita que a adoção da greve é a melhor saída

postado em 07/08/2015 13:57 / atualizado em 07/08/2015 14:46

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press
A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) se reunirá na tarde desta sexta-feira, em um hotel da zona Oeste do Rio de Janeiro, para debater possíveis medidas em resposta ao veto da presidente Dilma Rousseff ao ítem da Lei do Futebol (13.155) que destinava 0,5% dos direitos de arena aos árbitros.

O direito de arena ou de imagem é um percentual recebido, por exemplo, por jogadores por sua exposição no evento esportivo. Os árbitros, por meio do sindicato, teriam direito a 0,5% sobre o valor dos contratos de transmissão.

Segundo o presidente da Anaf, Marco Antônio Martins, uma das possíveis manifestações que serão debatidas é a paralisação geral dos árbitros. Se o movimento grevista se confirmar, todos os jogos do Campeonato Brasileiro não ocorrerão. “Vamos participar de uma assembleia, e a minha posição é de greve. Temos que tomar uma medida drástica”, disse, em entrevista à rádio Itatiaia.

Outras alas da entidade, contudo, são contrárias à greve e preferem dialogar para encontrar outra saída.

A Anaf classificou a medida da presidente Dilma como “ridícula”.

“A Anaf repudia tal atitude da presidenta que é a líder de um governo que se dizia ao lado dos trabalhadores, mas que vem retirando conquistas históricas dos trabalhadores e ao mesmo tempo impedindo que novas sejam efetivadas”, disse a entidade, em nota.

Nota de repúdio da Anaf:
“Os árbitros de futebol do Brasil foram surpreendidos com o veto da presidenta Dilma Rouseff ao artigo da MP do futebol que concederia a categoria 0,5% dos valores referentes ao direito de arena.

A justificativa foi ridícula.

A ANAF repudia tal atitude da presidenta que é a líder de um governo que se dizia ao lado dos trabalhadores, mas que vem retirando conquistas históricas dos trabalhadores e ao mesmo tempo impedindo que novas sejam efetivadas.

A presidenta deixou claro que está ao lado dos “patrões da bola”. Deixou de valorizar os trabalhadores da arbitragem, não distribuindo de forma justa os bilhões que são movimentados pelo futebol brasileiro.

Desta forma, a ANAF se junta aos milhões de brasileiros que neste momento irão as ruas para protestar contra a política deste governo decadente e sem rumos, onde o jogo político está acima dos interesses da população”.

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