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ATLETISMO

Só Rosângela bate índice nos 100m e Ana Cláudia pode ir à Olimpíada após doping

Ana Cláudia Lemos segue sendo uma das únicas três brasileiras com índice

postado em 30/06/2016 21:16

Wagner Carmo/CBAt
Ana Cláudia Lemos volta de suspensão por doping no próximo domingo e, na segunda-feira, pode ser convocada para disputar os Jogos Olímpicos do Rio. Após a realização da final dos 100m no Troféu Brasil de Atletismo, nesta quinta-feira, em São Bernardo do Campo (SP), ela segue sendo uma das únicas três brasileiras com índice na prova.

Como a suspensão dela acaba no domingo, todas as velocistas do País estão focadas no Troféu Brasil e o período de obtenção de índices se encerra no domingo, Ana Cláudia cumpre todos os requisitos para ser convocada para a Olimpíada. A participação dela no Rio-2016, entretanto, ainda dependeria de o caso dela ser levado - e julgado - pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

Ana Cláudia testou positivo para a substância Oxandrolona em exame realizado em período fora de competição pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) em fevereiro deste ano. Julgada pela Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da modalidade, recebeu apenas cinco meses de suspensão. A pena foi considerada branda pela ABCD, que prometeu recorrer à CAS.

Como apenas três brasileiras têm índice nos 100m, todas poderiam disputar a Olimpíada. Rosângela Santos, dona do melhor tempo de qualificação (11s04), venceu o Troféu Brasil nesta quinta com 11s34. Ana Cláudia fez 11s15 no Pan de Toronto, no ano passado, enquanto Franciela Krasucki fez seu índice, de 11s31, em abril passado.

Para Ana Cláudia ficar fora da Olimpíada, era necessário que mais uma brasileira fizesse índice. Aí, a CBAt convocaria a campeã do Troféu Brasil, mais as duas primeiras do ranking nacional de 2016. Ana Cláudia não correu este ano.

Na final do Troféu Brasil, entretanto, Bruna Farias fez 11s45 para ficar com a prata e Vitória Rosa marcou 11s54 para ganhar o bronze. O índice exigido, 11s31, só foi atingido por Rosângela, na semifinal, quando correu os 100m em 11s26.

SÓ VITOR HUGO

Na prova masculina, Vitor Hugo dos Santos venceu com o tempo de 10s21. O garoto, de apenas 20 anos, já havia alcançado o índice olímpico (10s16) mais cedo, na semifinal, quando correu os 100 metros em 10s11. Na final, Vitor Hugo foi seguido por José Carlos Moreira, o Codó (10s25), e por Rodrigo Pereira (10s26). Jorge Henrique Vides fez 10s33.

Pelos critérios estabelecidos pela CBAt, o revezamento será formado pelos atletas com índice nos 100m e 200m, pelos dois primeiros do Troféu Brasil e pelos dois primeiros do ranking nacional. Por esses critérios entram no time Vitor Hugo (100m), Bruno Lins (200m), Aldemir Gomes (200m), Codó (segundo no Troféu Brasil) e Ricardo Mario de Souza (segundo do ranking nacional, com 10s21).

Se mais um atleta fizer índice nos 200m, entra na equipe. Se não o sexto homem será o vencedor dos 200m no Troféu Brasil. Se este for um atleta já garantido na convocação, aí o convocado seria Rodrigo Pereira, terceiro do Troféu Brasil nos 100m.

OUTRAS PROVAS

No lançamento do martelo, Wagner Domingos voltou a competir bem e venceu com 74,49m. Conhecido como Montanha, ele vem de uma histórica marca de 78,63m, na Croácia, há duas semanas, resultado que o deixa em quarto no ranking mundial. Se repetir o resultado de São Bernardo do Campo no Rio, tem boas chances de fazer final olímpica.

Nos 10.000m, ninguém fez índice. A prova masculina teve vitória de Eder Uillian Oliveira da Silva, com o tempo de 29min19s36, distante dos 28min00s exigidos. Franck Caldeira terminou em quarto e está mesmo fora da Olimpíada, depois de falhar em tentar ficar entre os três primeiros brasileiros no ranking da maratona.

Na prova feminina, Tatiele Roberta de Carvalho, que já estava classificada para o Rio-2016, venceu com o tempo de 34min25s86 - o índice é 32min15s. Ela será a única representante do País na prova.

Por fim, no martelo feminino, Mariana Marcelino bateu o recorde nacional ao lançar 64,90m. Anna Paula Magalhães Pereira, que havia marcado 64,65m há duas semanas, perdeu o recorde brasileiro e terminou em segundo, com 62,56m. Apesar da evolução de ambas na prova, elas ficaram muito longe do índice olímpico, que é 71,00m.

Tags: doping atletismo rio2016 maisesportes