A insatisfação com o trabalho de Inzaghi tem sido geral em Milão. Afinal, mesmo sem disputar outras competições de forma paralela, a equipe é apenas a 11ª colocada na tabela da Serie A, com 34 pontos – 24 a menos do que a líder Juventus. Para piorar, restam apenas 13 jogos para o fim do Campeonato, com 39 pontos em disputa. O Napoli, terceiro colocado e último na zona que classifica para a próxima Liga dos Campeões, tem 11 pontos a mais.
Há três rodadas, o elenco e o treinador deixaram o San Siro ao som de vaias após um empate sem sal diante do Empoli, no dia 15 de fevereiro. Após o jogo, o comandante afirmou entender as críticas da massa milanista.
“Estamos em um período que não é muito bom. Nós estamos lidando com muitas lesões, e em cada jogo tudo pode acontecer. Temos que trabalhar com a cabeça, os jogadores precisam continuar acreditando. Eu entendo os torcedores, porque eles estão passando por um momento difícil”, declarou Inzaghi ao jornal Gazzetta dello Sport, no dia 15 de fevereiro.
De acordo com o site Goal.com, a vitória por 2 a 0 na rodada seguinte, contra o Cesena, chegou a colocar “panos quentes” no emprego do ídolo. Entretanto, o empate sem gols contra o Chievo no último sábado teria devolvido à pressão ao cargo de Inzaghi, uma vez que a diretoria comandada por Silvio Berlusconi parece ter perdido a paciência – segundo a publicação, o presidente teria pedido ao CEO Adriano Galliani para dar início à busca por um novo treinador caso o time não vença o Hellas Verona no próximo sábado, às 16h45 (de Brasília), no San Siro.
Além do ex-atacante, outros três técnicos passaram pelo comando do Milan no último ano: Massimiliano Allegri, que assumiu a equipe de 2010 a 2014, Mauro Tassotti, como interino, Clarence Seedorf, após a sua aposentadoria dos gramados no Botafogo e, por fim, Filippo Inzaghi, que assumiu no dia 9 de junho de 2014. Depois de 11 anos recebendo aplausos com a camisa do Rossonero, chegou a vez de Pippo ouvir vaias no San Siro, sua última e eterna casa no futebol.