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Esloveno Aleksander Ceferin vence eleição com folga e se torna novo presidente da Uefa

Com 42 votos a 13, Ceferin se torna o sétimo presidente da história da Uefa

postado em 14/09/2016 09:00 / atualizado em 14/09/2016 10:22

ARIS MESSINIS /AFP
A Uefa elegeu nesta quarta-feira Aleksander Ceferin para suceder Michel Platini como seu presidente, o que vai fazer com que um dos grandes nomes da história do futebol seja substituído por um pouco conhecido advogado esloveno, que agora se torna o responsável por liderar o esporte na Europa.

Ceferin, de 48 anos, vai completar o mandato presidencial de quatro anos de Platini, que se encerrará em 2019, pois o ex-jogador francês foi suspenso de qualquer atividade ligada ao futebol por causa de um pagamento indevido recebido por ele da Fifa - nos últimos meses, a presidente da Uefa vinha sendo ocupada interinamente pelo espanhol Ángel María Villar.

Na votação desta quarta-feira, realizada em Atenas, Ceferin, que comanda a federação da Eslovênia, superou o holandês Michael van Praag, vice-presidente da Uefa, com larga vantagem, por 42 votos a 13.

O desafio imediato de Ceferin é curar as feridas no futebol europeu, criadas pelo acordo para assegurar mais vagas na Liga dos Campeões para os clubes das poderosas Inglaterra, Espanha, Alemanha e Itália.

Ceferin é o sétimo presidente da história da Uefa de 62 anos. "A minha pequena e bela Eslovênia está muito orgulha, e eu espero que um dia vocês também sintam muito orgulho de mim", afirmou o dirigente aos delegados da Uefa.

O esloveno, que nunca foi membro do Comitê Executivo da Uefa, abordou a sua suposta falta de preparação para o cargo, o que foi alvo de críticas antes da votação. "Algumas pessoas podem ter dito que eu não sou um líder, que eu sou muito jovem e muito inexperiente para me tornar o próximo presidente da Uefa", disse Ceferin. "Não é porque você repete várias vezes, em alto e bom som, 'Eu sou um líder' que você é um líder. Se você tem que fazê-lo, você provavelmente não é um líder".

Mas Ceferin disse comandar que um escritório de advocacia na Eslovênia e a federação de futebol do país exigia que ele fosse "criativo, forte e inspirador". "Você pode dizer que eu sou jovem e inexperiente, mas eu sinceramente acho desrespeitoso para todas as pequenas e médias federações que, 365 dias por ano, tem que fazer mais com menos", disse.

A Uefa foi forçada a convocar a eleição depois de Platini ser suspenso no ano passado pelo Comitê de Ética da Fifa por receber um pagamento de 2 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 6,8 milhões, na cotação) do órgão regulador do futebol mundial em 2011. Assim, agora Ceferin vai suceder o francês, que vinha ocupando a presidência da entidade desde 2007.

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