Futebol Internacional

SELEÇÃO CHINESA

Apresentado, Marcelo Lippi pede união para garantir a Seleção Chinesa na Copa do Mundo

Campeão mundial em 2006, italiano tem difícil desafio de levar time para a Rússia

postado em 28/10/2016 12:17 / atualizado em 28/10/2016 12:23

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Marcello Lippi pediu para a seleção chinesa e o país se unirem com o objetivo de buscarem juntos a "improvável" classificação para a Copa do Mundo de 2018, antes de começar uma revisão completa na estrutura do futebol local. O apelo foi realizado nesta sexta-feira, quando o italiano foi apresentado como novo treinador da seleção chinesa, uma semana depois de o acordo ser fechado.

As informações da imprensa chinesa são de que Lippi assinou um contrato por três anos, sendo que vai receber 20 milhões de euros (aproximadamente R$ 69 milhões) em cada um deles, o que o torna o treinador de seleções mais bem pago do mundo.

A China está em 84º lugar no ranking da Fifa, não refletindo nas suas seleções os altos investimentos realizados pelos clubes, inclusive em técnicos renomados, como o próprio Lippi, Luiz Felipe Scolari e Sven-Goran Eriksson.

"Eu acredito que os jogadores são habilidosos e não têm necessidade de se sentirem inferiores aos jogadores de outros países, porque eles podem alcançar o mesmo nível", disse Lippi. "O que eles precisam é de um senso de responsabilidade, uma missão e acreditar".

As chances da China se classificar para a Copa do Mundo são remotas, pois a equipe está na lanterna do Grupo A da terceira fase das Eliminatórias Asiáticas, com um ponto somado em quatro jogos. Os dois primeiros se classificam para o torneio na Rússia e o terceiro disputará um mata-mata com a equipe que ficar na mesma posição na outra chave por uma vaga na repescagem mundial.

A China só disputou uma Copa do Mundo, em 2002, quando foi eliminada na fase de grupos e sem marcar sequer um gol. "No torneio de qualificação, as nossas chances não são grandes, mas o que precisamos fazer é unir todo o elenco, a federação, a equipe logística e médica, e maximizar nossas chances de cumprir esta missão improvável", disse Lippi. "Depois disso, podemos considerar nossos problemas a longo prazo".

Lippi comandou o Guangzhou Evergrande entre 2012 e 2015, tendo conquistado o título da Liga dos Campeões da Ásia em 2013. Ele avaliou que a sua primeira missão será trabalhar o lado psicológico dos jogadores para aumentem a autoconfiança.

"O que eu preciso saber primeiro é por que nossos jogadores jogam muito bem pelos clubes, mas apenas 40% pelo seu país. Eu quero dizer que é a maior honra colocar a camisa do país e que eles precisam lutar e jogar no mesmo nível", afirmou.