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COPA LIBERTADORES

River Plate humilha algoz do Atlético com goleada histórica e avança na Libertadores

Time argentino transforma milagre em passeio e aplica 8 a 0 no Wilstermann

postado em 21/09/2017 21:47 / atualizado em 22/09/2017 12:20

JUAN MABROMATA/AFP
Para muitos, o River Plate precisava de um milagre nessa quinta-feira para ir às semifinais da Copa Libertadores. Foi com esse espírito que a equipe entrou em campo, apoiada por um Estádio Monumental de Nuñez completamente lotado de crentes na virada improvável. O que ninguém esperava é que tanta tensão fosse se transformar em um prazer quase que alucinógeno em tão pouco tempo. Os bolivianos do Jorge Wilstermann não souberam como agir em Buenos Aires diante de uma vantagem de 3 a 0, conquistada em Cochabamba. Perdidos, acabaram virando presas fáceis para o gigante da América, que não teve dó e aplicou uma histórica goleada por 8 a 0 nos adversários.



O River Plate alcançou a sua segunda maior goleada em participações na Libertadores. E novamente diante de um adversário da Bolívia. Na edição de 1970, o Millonarios aplicou 9 a 0 no Universitário, em casa. A vítima da vez, o Jorge Wilstermann, vinha de momentos de empolgação. A 'zebra' eliminou o Atlético nas oitavas de final, com uma vitória (1 a 0), em Cochabamba, e empate sem gols no Mineirão. A aventura continuou no primeiro confronto com o River, quando aplicou 3 a 0 e se aproximou da classificação às semifinais. Entretanto, os argentinos não permitiram que o sonho do adversário se concretizasse. Atropelou os visitantes como um autêntico rolo compressor. 

Apesar da aula de futebol dada por todo o time do River, tal feito não poderia deixar de ter um protagonista. Ignacio Scocco tinha apenas um gol na Libertadores. O centroavante teve passagem tímida pelo Internacional em 2013, quando balançou as redes apenas em quatro ocasiões com a camisa do Colorado. Nesta quinta-feira, no entanto, Scocco marcou cinco vezes, e de quebra deu uma assistência.

JUAN MABROMATA/AFP
O jogo 

Com apenas 19 minutos de jogo, o placar já era 3 a 0 para Scocco e a vantagem do Wilstermann já tinha ido para o espaço. Antes do intervalo, Enzo Pérez anotou o quarto e levou definitivamente os Millonarios à loucura.

Alguém poderia pensar: ‘mas se o Jorge Wilstermann fizer um gol, avança’. Verdade. Mas, como? Os bolivianos entraram em estado de choque, sequer chegavam ao gol de Lux. Veio a segunda etapa, e o ar de drama rapidamente foi se tornando descontraído, até mesmo engraçado pelos os torcedores, que pareciam não acreditar no que estavam presenciando.

Com apenas 40 segundos da etapa final, Scocco marcou mais um, aproveitando cochilo da defesa rival após a cobrança de um escanteio. Seis minutos depois, Ignacio Fernández também entrou na brincadeira e deixou o seu, mas todos os holofotes voltaram para Scocco, que de novo foi fatal após uma falha de marcação do Wilstermann.

O golpe final veio ainda aos 21 minutos em uma jogada que representou bem a facilidade dos donos da casa. Enzo Pérez saiu com a bola dominada da sua intermediária e, acreditem, foi com ela até a área boliviana, sem ser incomodado ou ter de se preocupar em passar a mesma para um de seus companheiros. Um golaço, ou um gol que nada tem a ver com a disputa de quartas de final de Copa Libertadores da América.

Marcelo Gallardo, então, resolveu poupar alguns de seus atletas mais cansados. Luxo que o técnico não se furtou a usar já aos 25 minutos do segundo tempo. E como era de se esperar, Ignacio Scocco, o improvável, saiu de campo ovacionado pelo Monumetal de Nuñez.

Após isso, os argentinos tiraram o pé, talvez por pena, talvez por cansaço. Ao Jorge Wilstermann restou aguardar o apito final do árbitro. A equipe da Bolívia deixa a Libertadores 2017 com uma campanha histórica, mas diante de um vexame maior do que qualquer feito.

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