DA ARQUIBANCADA

Prato da semana: pernil com abacaxi

Sou um completo viciado em jogos de mata-mata. É tensão o tempo todo e qualquer vacilo pode destruir a classificação

postado em 28/06/2017 12:00 / atualizado em 28/06/2017 17:44

Arquivo EM

Na semana passada, recebi uma mensagem do meu parceiro no livro sobre a campanha do título brasileiro de 2013,  Bruno Mateus. Ele queria me mostrar um vídeo a respeito do título mineiro de 1997. Um título que completou 20 anos e que tem como marca histórica o maior público registrado no Mineirão. Foram mais de 130 mil pessoas para ver a final entre Cruzeiro e Villa Nova. Além de ganhar o título, o melhor é saber que a turma do outro lado da lagoa jamais terá a chance de igualar esse feito.

O que me fez escrever a coluna sobre este vídeo é que naquele dia o estádio estava cheio de famílias. O próprio vídeo, por sinal muito benfeito, trata de resgatar imagens reais da família Ribeiro feitas na época, com uma montagem com cenas atuais recriando o ambiente do jogo.

Esta excelente ideia de um grupo de cruzeirenses apaixonados mostra que é possível frequentar um estádio como programa familiar, compartilhar da paixão por um clube de futebol sem se preocupar com segurança e poder voltar pra casa tranquilamente. Você pode ver este vídeo no site do Superesportes. Vale a pena.

Por falar em sonho, esta disputa entre Cruzeiro e Palmeiras pela Copa do Brasil tem muita história. Em 1996, o Skank estava em Nova York finalizando o álbum O samba Poconé, com todos os integrantes na cidade. No último jogo, estávamos jantando numa churrascaria de um coreano e confesso que não estava com muita esperança. O time do Palmeiras era uma máquina. Naquela época, não havia tanta tecnologia para receber notícias de forma rápida. Só me lembro do Lelo voltando da cabine telefônica, que ficava em frente ao restaurante, dizendo que o Cruzeiro havia ganhado do Palmeiras de 2 a 1. Como ele é atleticano, não acreditei na informação e lá fui eu fazer uma ligação, a cobrar, internacional, para ter certeza.

Só me lembro de soltar um grito daqueles, que vem do fundo da alma, em comemoração. Talvez imaginando que o som pudesse atravessar vários países e chegar a Belo Horizonte. Foi uma surpresa inesquecível. Estou querendo repetir esse grito no jogo de volta na disputa deste ano, contra o Verdão.

Atualmente, o palestra paulista tem um ótimo time, mas acredito muito no nosso momento. Sempre contra os times mais fortes estamos conseguindo bons resultados.

Sou um completo viciado em jogos de mata-mata.  É tensão o tempo todo e qualquer vacilo pode destruir a classificação.

O que mais incomoda é a famosa regra de nunca subestimar um ex-jogador contra o seu time. Não me esqueço do goleiro Harlei, que, pelo fato de ter jogado no Cruzeiro fechava o gol atuando pelo Goiás, contra o maior de Minas. No nosso confronto com o palestra paulista temos 13 jogadores que vestiram as duas camisas.

Então, meus amigos, podem preparar o coração e, se possível, um pernil de porco, com algumas rodelas de abacaxi, para comermos na próxima semana. O duelo promete.

Tags: Copa do Brasil palmeiras cruzeiroec