Expulso do TUF, assistente de Wanderlei não se arrepende de agressão a Sonnen

Expulso do TUF Brasil 3 por agredir Chael Sonnen, durante a briga com Wanderlei Silva, André Dida se pronunciou a respeito do episódio – considerado por Dana White o mais lamentável de toda história do UFC. Auxiliar técnico de Wand no reality show, Dida disse que agiu por de forma instintiva e que apenas tentou separar a confusão. No entanto, não demonstrou arrependimento por ter desferido socos no norte-americano por trás.

“Eu sou treinador e eu tenho a minha própria academia. Eu digo aos aluno para não fazerem algo assim. Minha intenção era separá-los, mas eu tinha que fazer alguma coisa. Eu agi por puro instinto. Sonnen tem uma má reputação no Brasil, ele fala merda de todo mundo, por isso é complicado me arrepender. Eu não podia deixar Wanderlei Silva em uma situação como essa”, comentou Dida, em entrevista ao MMA Fighting.

A briga entre Wanderlei e Sonnen foi ao ar no sexto episódio do TUF Brasil 3, nesse domingo. Após troca de provocações, os dois treinadores trocaram empurrões, e o norte-americano derrubou o rival. André Dida aproveitou que Chael estava por cima de Wanderlei e o agrediu pelas costas, acertando vários socos na cabeça. A confusão só foi apartada com a chegada de todos os integrantes das equipes. No fim, o auxiliar do ‘Cachorro Louco’ ainda arrancou a camisa de Sonnen e a mostrou como um troféu.

André Dida disse que pressentiu que Wanderlei Silva partiria para a briga e que tomou a atitude com a intenção de ajuda-lo. O treinador de Muay Thai ressaltou os socos foram para fazer Sonnen se afastar e parar de bater no amigo.

“Os treinadores estavam atrás das portas quando eles começaram a discutir. Eu conheço Wanderlei, sei que ele estava se preparando para brigar, então todos nós corremos em sua direção. Minha intenção era tirar Wanderlei dali, mas tudo aconteceu muito rápido. Quando eu cheguei perto, Sonnen o derrubou. Minha intenção era separá-los, mas eu vi Sonnen tentando socá-lo, então, na minha mente, pensei que eu tinha que tirar Sonnen dali o mais rápido possível para fazê-lo parar de bater no Wanderlei. Eu nunca deixaria Wanderlei numa situação ruim. Eu soquei Sonnen para fazê-lo parar, mas ele não parou. Tentaram me tirar dali, mas eu voltei e soquei ele novamente. Eu só queria tirar Sonnen dali”, afirmou.

Dida rejeita o rótulo de covarde e garante que só tentou proteger o amigo Wanderlei Silva. “Muitas pessoas me chamaram de covarde, mas não é verdade. Eu seria covarde se não tivesse feito nada. Eu estava vendo alguém que admiro desde os meus 13 anos em uma situação ruim, então precisava fazer alguma coisa. Meu corpo me disse para bater nele para acabar com a briga. Eu queria que Sonnen se levantasse e brigasse comigo. Eu queria tirá-lo de cima do Wanderlei. Agora todos me chamam de covarde. Imagine se você está no supermercado e alguém vai para cima da sua mãe, do seu irmão. Seu instinto te diz para pará-lo o mais rápido possível. Eu fiz a mesma coisa com Wanderlei assim que vi que Sonnen estava tentando machucá-lo”, assegurou.