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Vencer e secar: armas do América para o acesso

Mesmo com campanha excelente desde a chegada de Givanildo, Coelho não depende apenas das próprias forças. Jogadores, no entanto, mantêm fé e confiança no sucesso

postado em 28/11/2014 07:00

Redação /Superesportes

Carlos Cruz/América FC
O América já fez o que pôde nesta Série B. Entre turno e returno, superou os abalos psicológicos de uma punição pesada no STJD e manteve as chances de entrar no G-4. Na reta final, venceu o confronto direto que tinha contra o Avaí, um dos concorrentes. Também sofreu para bater a vice-líder Ponte Preta, no Estádio Moisés Lucarelli. Antes, havia virado sobre o Luverdense, em Lucas do Rio Verde, com direito a pênalti defendido pelo herói João Ricardo nos últimos minutos. Contra adversidades, o Coelho está vacinado. Seria a receita para triunfar diante do Sampaio Corrêa garantir o acesso na última rodada? Talvez uma parte. Além disso, a equipe de Givanildo Oliveira precisa secar os rivais. Torcer contra Boa Esporte, Atlético-GO e Avaí. Situação muito mais complicada do que cumprir a própria obrigação.

Os jogadores do clube sabem que a missão é ingrata. Dentro de campo, o time conquistou 64 pontos, o suficiente para subir à elite. Nos tapetões dos tribunais perdeu seis, em virtude da escalação irregular do lateral-esquerdo Eduardo. Na tabela, 58 pontos somados, um a menos que Boa Esporte, Atlético-GO e Avaí. Os três enfrentam, respectivamente, Icasa (fora), Santa Cruz (casa) e Vasco (casa).

“A gente depende de outros resultados, sim. Mas, independe dos outros, temos que focar no nosso jogo. Temos que vencer e fazer o dever de casa. Temos que ganhar o jogo para depois olhar os outros resultados e, se Deus quiser, vai dar tudo certo ao nosso favor”, afirma o volante Andrei Girotto.

Segundo Andrei, o América teve de batalhar muito desde a perda de 21 pontos em Primeira Instância e seis no Tribunal Pleno. A situação difícil da equipe gerada por um erro administrativo determinou a demissão de Moacir Júnior e a contratação de Givanildo Oliveira. Ainda não há estudos científicos que explicam a sintonia entre o treinador pernambucano e o time alviverde, mas a matemática responde: 14 jogos, nove vitórias, quatro empates e apenas uma derrota (73,8% de aproveitamento).

“Desde a perda dos pontos, a gente teve que jogar com a espada contra a cabeça. Uma situação difícil, mas não impossível. Enquanto tiver chance, a gente tem que entrar em campo pensando no melhor como a gente vem fazendo, ganhando os jogos e até a última rodada com chance de acesso”, acrescenta o volante.

Na base do sacrifício

Um dos atletas mais importantes do elenco, o armador Willians diz que a equipe precisa esquecer o desgaste físico do fim de temporada e partir com tudo para cima do Sampaio Corrêa, que já não tem mais chances de acesso. Ele revela incômodos no tornozelo, mas destaca a vontade de ficar 100% neste sábado para celebrar a subida à Primeira Divisão com a camisa do Coelho.

“Nessa última partida (vitória sobre a Ponte Preta) eu joguei com muitas dores. Poucas pessoas sabem, porque não estão no dia a dia. Joguei com muita dor no meu tornozelo, fazendo tratamento, mas já estávamos nas últimas rodadas e joguei o campeonato quase todo. No jogo eu tomei uma porrada do Renato Cajá (jogador da Ponte Preta). Eu até pensei que teria que sair, mas o Givanildo me deixou em campo e fui para a superação. Eu quero subir aqui, no América, então vai ser no sacrifício mesmo. Eu vou procurar descansar e me cuidar para de sábado, para que eu possa ajudar mais uma vez o América”, avalia o atleta.

Para pegar o Sampaio Corrêa, o América não contará com Gilson e Raul, suspensos em virtude do terceiro cartão amarelo. A tendência é que Givanildo Oliveira promova as entradas de Mancini e Renato Santos, improvisando Vitor Hugo no lado esquerdo da defesa. O jogo de sábado, no Independência, começará às 16h20.

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