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Novo diretor do América comenta relação com conselho de presidentes e analisa time atual

Professor Osvaldo Torres se diz favorável ao diálogo para chegar a um consenso

postado em 26/03/2015 12:51 / atualizado em 26/03/2015 12:57

Carlos Cruz/América

Novo diretor de futebol do América, Osvaldo Torres deixou um ar o estilo de "homem do diálogo" durante sua primeira entrevista coletiva no CT Lanna Drumond. Dono de uma personalidade tranquila e por vezes bem-humorada, o dirigente deu a entender que o debate de ideias é a melhor saída para a construção de um projeto que deixe o América forte tanto dentro quanto fora de campo. "Trocar ideias e debater sempre é o melhor caminho. Claro que haverá divergências de pensamento, mas o diálogo tende a resolver tudo", declarou Torres.

O advogado, professor e doutor em Direito Privado terá um desafio interessante: achar o melhor caminho para homogeneizar pensamentos de nove integrantes do conselho de administração do clube. Dos componentes, Euler Araújo e Francisco Santiago respondem pela parte de futebol, Marco Antônio Batista e Paulo Lasmar cuidam do setor financeiro, Fabiano Jardim é o responsável pelo marketing e Anderson Racilan lidera o departamento jurídico. Teodomiro Braga e Paulo Brant atuam como consultores, enquanto Alencar da Silveira Júnior é uma espécie de "curinga", sendo o representante geral do grupo de presidentes.

Em meio a tantos perfis, Osvaldo Torres diz que terá autonomia para divergir de pensamentos dos conselheiros. “É muito interessante viver uma democracia. Talvez um pouco difícil. Mas tenho uma relação profissional muito boa com todos. Nem sempre concordo com o que eles fazem, nem eles comigo", frisa. Para o diretor, o formato de discussão tende a dar bons resultados. "É um contraponto interessante. Tudo de forma democrática, educada, respeitosa. Acho que é isso que deve ser feito numa gestão. Ter diálogo e procurar buscar o melhor para o América de uma maneira democrática”, acrescenta o diretor.

Outra situação curiosa enfrentada por Osvaldo Torres é o fato de ele ser professor de ensino superior da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), lecionando aulas de Direito desde 1987. Como conciliar a função de educador e dirigente esportivo? Para Torres, o desafio é alcançável.

"Professor é um indivíduo que veio ao mundo para servir. É uma profissão gratificante. Sou professor há 28 anos, o que é um orgulho para mim. Acho que consigo fazer uma coisa boa no sentido de formar as pessoas. E o professor aprende a fazer várias coisas ao mesmo tempo. Está habituado a isso. É aquele indivíduo que precisa ter uma disciplina muito grande, pois se não tiver, não consegue fazer. Acho que conseguirei conciliar isso. Estou numa fase mais experiente, portanto me dá a condição de dedicar mais ao futebol”.

Avaliação da equipe

Antes mesmo de ser apresentado como diretor, Osvaldo Torres já trabalhava nos bastidores do clube. Foi ele o responsável por conversar e negociar com o lateral-esquerdo Raul, oficializado como reforço na semana passada. O dirigente indicou que outras peças devem chegar ao elenco depois do Campeonato Mineiro, porém fez questão de elogiar o grupo atual, formado em sua maioria por atletas promovidos da base.

“Estamos numa fase transitória. Montamos um time com desempenho muito bom no ano passado que foi atrapalhado por problemas externos. Mas enfim, passou. Neste ano vieram jovens talentos. Então têm aquela parte de se firmar dentro daquilo que está fazendo. Fizemos boas partidas e vi que o time tem consistência tática e técnica. Obviamente vamos reforçar dentro daquilo que o treinador nos indicar. Mas acho que a equipe tem força para o Campeonato Mineiro e pode ter um desempenho melhor do que vem apresentando até agora”, analisou.

Dos jogadores que subiram da base, o meia Renato Silva e os atacantes Rubens e Bruno Sávio são os que mais se firmaram no clube. Em relação às contratações, os zagueiros Wesley Matos e Anderson Conceição, o lateral-direito Robertinho e o atacante Felipe Amorim aparecem como titulares absolutos. O zagueiro Alison, o volante Diego Lorenzi, o meia Pedrinho e o atacante Rodrigo Silva se alternaram entre o banco de reservas e os onze iniciais.

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