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Depois de eliminação, Givanildo Oliveira admite futebol ruim do América: 'Não vem funcionando'

Técnico reconhece que mudanças feitas na equipe alviverde ainda não deram certo

postado em 21/05/2015 16:22 / atualizado em 21/05/2015 16:32



Kiko Silva/Diario do Nordeste
Depois da eliminação do América na segunda fase da Copa do Brasil, o técnico Givanildo Oliveira admitiu em entrevista à Rádio Itatiaia que a nova formação para o restante da temporada ainda não funcionou. Com um ataque bastante improdutivo, o Coelho foi goleado nessa quarta-feira pelo Ceará, por 3 a 0, e se despediu da competição nacional de maneira melancólica.

“O time chegou, mas não criou as chances. Até de fora da área encontramos dificuldades. O Lorenzi, quando está jogando, arrisca uma vez ou outra. O próprio Bryan, que entrou, também tentou. Assim como o Raul. Mas os caras (do Ceará) se fecharam e nós não criamos uma situação rápida de contra-ataque. E quando trabalhamos a bola, não chutamos de fora da área. Estamos encontrando dificuldades sim. Temos que dar um jeito de arrumar, porque no futebol, se não estivermos numa situação legal, de repente a coisa muda”, comentou o treinador, dando a entender que está preparado para uma possível saída do cargo.

Com a eliminação do América na primeira fase do Mineiro, Givanildo optou por substituir o armador Renato Silva e o atacante Rubens, jogadores formados na base que foram titulares no torneio regional, por atletas recém-contratados, casos de Tony e Marcelo Toscano. Depois de quatro partidas sem vitória (dois empates e duas derrotas), o treinador admite que a escolha ainda não deu certo, pois o Coelho, antes criativo no Campeonato Mineiro, simplesmente parou de agredir as defesas adversárias.

“Não é possível. No Campeonato Mineiro, estávamos jogando de maneira compacta e organizada. Deixamos de ir para a semifinal por erros nossos de não fazer os gols. Mas, na sequência de empates que tivemos, criamos muitas chances, como nos jogos contra o Boa Esporte e a Caldense (ambos 0 a 0). E hoje encontramos dificuldades para chutar contra o adversário e chegar cara a cara com o goleiro. Estamos trabalhando, mas até agora as mudanças não vingaram”, observou o comandante.

Até o sistema defensivo do Coelho, bastante elogiado no Estadual, cometeu falhas infantis contra o Ceará. No primeiro gol, Marinho passou facilmente por Wesley Matos e Anderson Conceição antes de finalizar no canto direito de João Ricardo. No terceiro, o Vozão entrou na área americana com três jogadores livres e balançou a rede.

“É difícil entender. A parte ali de trás não mudou. Leandro e Thiago jogaram várias vezes juntos, assim como os dois (Wesley Matos e Anderson Conceição). De repente nós desajustamos numa linha que fazíamos bem. Aquele gol do Ceará não tinha acontecido aqui, de um atacante entrar na área sozinho como entrou. E a gente terminou desajustando”, frisa Givanildo, que projeta reação rápida no sábado, contra o Santa Cruz, no Estádio Independência, pela terceira rodada da Série B.

“Futebol é dinâmico, e os resultados são exigidos de maneira imediata. Se não arrumar, será difícil ganharmos os jogos com tranquilidade”, finaliza o treinador.

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