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América diz que pode administrar Independência caso BWA devolva gestão do estádio ao governo

Contrato do América com a administradora foi analisado em reunião de dirigentes com um consultor, e clube poderá gerir o estádio em caso de 'emergência'

postado em 05/05/2016 18:25 / atualizado em 05/05/2016 20:09

Divulgação
O caso conflituoso entre América e BWA - administradora do Independência - ganhou novos capítulos. Segundo o presidente do Coelho, Alencar da Silveira Júnior, o clube não ficará sem estádio caso a operadora realmente devolva a gestão ao governo de Minas Gerais. Na última semana, o dirigente revelou à reportagem que o presidente da concessionária, Bruno Balsimelli, não estava vendo viabilidade financeira no empreendimento.

Se a gestão do Independência for devolvida ao estado, que foi o responsável pela reconstrução do estádio, uma nova licitação terá de ser aberta. O trâmite para se regularizar outra administradora levaria em torno de seis meses. Nesse período, o presidente americano temia que o clube ficasse sem poder atuar na arena. No entanto, no início da semana, dirigentes do América e um consultor analisaram o contrato com a concessionária e constataram que o clube poderá gerir o Independência em caso de ‘emergência'. Sendo assim, os jogos poderão ser realizados no local sem nenhuma restrição.

“Nos reunimos e decidimos que vamos pegar o estádio para administrar na emergência e ainda vamos receber os jogos do Atlético normalmente. Vamos administrar o patrimônio do América e ainda vai sair mais barato do que é hoje. Faremos uma administração enxuta, até que se licite uma nova gestora. E esse processo nós sabemos que demora no mínimo seis meses. Porém, isso já não é problema mais”, afirmou Alencar da Silveira Júnior.

Entenda o caso

Na última sexta-feira, Alencar revelou as dificuldades econômicas da BWA e destacou que a operadora deve R$ 500 mil ao clube, valor referente a quatro meses sem repasses. O América é o proprietário legal do estádio e deveria receber, mensalmente, 5% das receitas, exceto bilheteria, que é sempre destinada ao clube mandante. O estado de Minas Gerais também tem direito a esse percentual, por ter investido na reconstrução do empreendimento. BWA e Atlético são parceiros comerciais e dividem 90% do faturamento.

Por contrato, o América deve receber, no mínimo, R$ 125 mil mensais. Mas a operadora alegou ao clube que enfrenta uma crise financeira e, por isso, tem demorado a fazer os pagamentos. Em quatro anos de gestão, a BWA acumula prejuízos na ordem de R$ 8 milhões. Nesse cenário, a empresa teria admitido abrir mão da operação.

Procurado pela reportagem, o presidente da operadora, Bruno Balsimelli, não foi encontrado para falar sobre o caso.

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