Sérgio Vieira explica ausências e usa 'mantra' atleticano para pregar recuperação no América

O América tem uma campanha ligeiramente melhor que em 2011, porém a situação em que o clube se encontra é bem mais delicada que a da campanha do último rebaixamento. Naquele ano, após 11 rodadas, o Coelho tinha alcançado somente sete pontos – um a menos que na edição atual. Mesmo com o rendimento abaixo, se comparado, há cinco anos a equipe estava na 18ª posição na tabela. Em 2016, com oito pontos conquistados, o Alviverde ocupa a lanterna da competição.

Quanto às ausências dos reforços Bruno Teles e Gilson, assim como do zagueiro Alison, que voltou de lesão, o treinador frisou que os atletas ainda não estavam preparados fisicamente para um jogo de alta intensidade. Para o português, ao colocá-los, ele poderia estar prejudicando o rendimento e a análise sobre a atuação dos jogadores, assim como arriscando novas contusões.

Para sair dessa situação e não deixar repetir o histórico descenso à Série B, o técnico Sérgio Vieira tenta trabalhar 'a cabeça' do elenco. Para o treinador americano, o componente emocional pode, muitas vezes, auxiliar na busca por vitórias e dar forças para tirar a equipe do fundo da tabela.

“Sem dúvida. Não acredito noutra coisa. Nós temos o exemplo do Vasco, no ano passado, que quando o Jorginho entrou teve uma recuperação grande e começo a conquistar pontos. Isso tem que ser com o querer e o acreditar”, afirmou Vieira. O comandante americano aproveitou para lembrar que a equipe ainda deve se reforçar mais.

“Eu acredito. Com diferentes estratégias, certamente. Com a questão do mercado, os reforços que a gente está a perspectivar. Com a questão do trabalho, o acreditar dos jogadores, de todas as pessoas que querem o bem do futuro do América. Mas eu acredito perfeitamente que podemos sair da zona de rebaixamento e manter o América na Série A”, assegurou o português.

A filosofia, no entanto, tem sido difícil de ser aplicada devido aos últimos resultados do América no Brasileirão. Depois da chegada de Sérgio Vieira, a equipe perdeu quatro das últimas cinco partidas que disputou. A única vitória foi conquistada frente ao Coritiba, no Horto. E é no Independência, que o Coelho tem seu próximo compromisso. Uma verdadeira pedreira para ser mais exato. O Alviverde recebe o Corinthians, às 21h45 de quarta-feira.

“Vejo que os jogadores pensam no trabalho e que o jogo é consequência da forma como eles se preparam. É frustrante preparar o jogo vindo de uma derrota, sem dúvida. Mas temos que ser muitos fortes. Estar de cabeça erguida pela entrega, pela determinação, pela vontade de querer vencer que eles colocaram em campo. Claro que o ideal era conseguir os três pontos. Mas a gente não pode nunca deixar de acreditar no caminho que a gente define. Trabalhar todos os dias, refletir sobre o que temos que evoluir”, explicou Vieira, que voltou a usar o 'mantra' atleticano.

“É a forma que os jogadores, cada vez mais, tem que ter em mente. Qualquer jogo que a gente jogue é uma final. Os adversários são muito forte e é isso que estamos tentando. Os jogadores, a comissão, a diretoria, a cada jogo nos tornemos mais forte. Até que ganhemos um jogo, depois dois, e aí empata ou perde, mas ganhar com mais frequência. Mais isso é só com 'o acreditar' e com o trabalho”, finalizou.