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TRAGÉDIA

Aos gritos de "é campeão", zagueiro Marcelo, da Chapecoense, é sepultado em Juiz de Fora

Amigos e familiares se despediram do atleta, que é natural da cidade da Zona da Mata

postado em 04/12/2016 19:03

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Paulo Galvão

Enviado especial a Juiz de Fora

A “Canção da América”, de Miton Nascimento, serviu como trilha sonora do enterro do zagueiro Marcelo, morto no acidente aéreo com a delegação da Chapecoese, no fim da tarde deste domingo. A música que fala de se guardar amigo debaixo de sete chaves, dentro do coração, já estava estampada em camisas usadas por familiares e amigos desde o velório, na Câmara Municipal, e mostra que o defensor pode ter partida, mas vai viver na memória de quem conviveu com ele.

“Obrigado por me ensinar o que é o amor”, afirmou a viúva Suellen Nery, ao lado do caixão. Ela chorou muito e chegou a passar mal no fim do velório, sendo atendido pela unidade de resgate do Corpo de Bombeiros. Além da composição de Milton Nascimento, gritos usados por torcida pelo Brasil a fora também foram entoados pela multidão tanto na saída do cortejo quanto pouco antes de a urna descer à cova. “É campeão” e “o campeão voltou”, além de “Marcelo, Marcelo”.

Também foram ouvidos “valeu, Marcelo” e “Chapecoense com muito orgulho, com muito amor”, além de salva de palmas. Tão logo o corpo foi enterrado, começou a chover forte em Juiz de Fora, o que fez as pessoas deixarem o cemitério rapidamente. Para alguns, sinal de que até o céu chorou pela morte do zagueiro. E também de que amigos, familiares e população em geral já haviam esperado demais para se despedir do jogador.

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