Um bom desempenho em jogos de Campeonato Mineiro e nas fases iniciais da Copa do Brasil deixaram uma falsa impressão positiva do Galo em recentes temporadas passadas, quando o time não conseguiu corresponder em alto nível em jogos mais competitivos.
Prova disso é que, desde 2003, quando o time comandado por Celso Roth ficou 16 jogos invictos, o Galo alcançou uma série de dez ou mais jogos sem perder quatro vezes, até a marca deste ano. Curiosamente, foi sempre contra os adversários mais frágeis, em disputa do Estadual e nos primeiros compromissos da Copa do Brasil. E isso pouco representou para o time no decorrer das temporadas 2007, 2009 e 2010. Apenas em 2006, quando disputou a Série B, competição de segundo escalação nacional, o Atlético conseguiu o seu objetivo de retornar para a elite.
A invencibilidade em 2003
Geninho havia deixado o Atlético para assumir o Corinthians no início de 2003. Celso Roth assumiu o time e teve bom desempenho. A sequência de 16 jogos sem perder com o treinador gaúcho começou com triunfo ante o CRB, pela Copa do Brasil, por 4 a 0.
A invencibilidade foi terminada no Campeonato Brasileiro, contra o Coritiba, em casa. Derrota por 2 a 1 para o time paranaense. Durante os 16 jogos sem perder, houve adversários de nível, como o Corinthians (que foi derrotado em casa) e o Santos (que empatou no Mineirão).
2007, 2009 e 2010: bons resultados inicias, mas temporadas amargas
O time de 2009 ficou 13 jogos sem perder no Estadual e Copa do Brasil. Não ganhou nenhum título. Deu esperanças para o torcedor no Brasileirão, com Celso Roth e boa fase de Diego Tardelli. Mas a queda de produção nos jogos finais fizeram o time perder até a vaga na Copa Libertadores do ano seguinte.
Em 2010, o Atlético começou o ano novamente com bons resultados. Foram 12 partidas sem ser batido, com Vanderlei Luxemburgo. Mas o jogo que quebrou a sequência foi justamente o de eliminação na Copa do Brasil, contra o Santos. A partir daí, houve o título mineiro. Entretanto, a temporada foi pífia. Luxa foi demitido e Dorival Júnior teve que salvar o clube do rebaixamento.
Para 2012, fica a dúvida no torcedor. O time que ficou 14 jogos sem perder pode negar a história recente do clube. Mas a derrota para o Goiás, na quarta-feira, por 2 a 0, mostrou uma fraqueza tática e de peças individuais do time de Cuca. Enquanto isso, a diretoria e comissão técnica não escondem que o time precisa de reforços, como para a camisa 1, o meio-campo e o ataque.
Contra os mais fortes, sequências menores
O segundo semestre do ano representa disputas mais difíceis contra adversários da Série A do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana. Quando o nível técnico dos jogos cresce, as séries de invencibilidade diminuem.
O Atlético raras vezes conseguiu sequências invictas destacáveis nos últimos anos.