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'Partiu Riascos...': defesa histórica de Victor completa um ano e inspira filme

Curta do diretor Lobo Mauro, "Quando se sonha tão grande, a realidade aprende", tem como tema o lance que elevou o goleiro do Atlético ao status de "santo"

postado em 30/05/2014 08:00 / atualizado em 29/05/2014 19:37

Rodrigo Fonseca /Superesportes , Thiago Madureira /Superesportes

REUTERS/Washington Alves

Há um ano, o pé esquerdo de Victor transformava o drama em euforia. Talvez, a cena mais marcante da campanha que resultou no título do Atlético na Copa Libertadores. Uma defesa na cobrança de pênalti de Riascos, do Tijuana, aos 47 minutos do segundo tempo, que classificou o Galo às semifinais e elevou o goleiro ao status de “santo”. Um momento que virou tema de filme.

“Quando se sonha tão grande, a realidade aprende”, curta-metragem do cineasta mineiro Lobo Mauro, um atleticano radicado no Rio de Janeiro, foi inspirado naqueles intermináveis, para os alvinegros, últimos minutos do dia 30 de maio de 2013.

“Eu moro no Rio, mas fui ao jogo do Horto naquele dia. Aconteceu aquela coisa transcendental. Vi as pessoas se abraçando, colocando para fora o que sentiam. Logo pensei que tinha que fazer um filme para exorcizar isso de mim. Aquele momento não saía da minha cabeça”, revela Lobo Mauro, em entrevista ao Superesportes.

Reprodução
O curta conta com a participação de dois protagonistas daquele dia 30: o salvador Victor e o candidato a vilão Leonardo Silva, que cometeu o pênalti, mas se tornaria herói na decisão da Libertadores, ao marcar um dos gols sobre o Olimpia. “Eu acho o Léo Silva o melhor personagem. O Victor é o santo. Mas o Léo foi quase trágico. Veio do arquirrival, virou ídolo e cometeu o pênalti. Ele deve ter sofrido demais. E ele vai lá e faz o gol na final”, diz Lobo Mauro, que foi mais que diretor do filme. “Eu fiz de tudo, câmera, áudio, edição, produção. Alguns atleticanos me ajudaram muito. Um amigo meu fez a finalização.”

A crônica “La canhota de Dios”, de Fred Melo Paiva, colunista do Estado de Minas, serve de pano de fundo, juntamente com depoimentos de torcedores: “É uma mistura de documentário e ficção. Pedi para os atores (torcedores) para reproduzirem momentos do cotidiano da vida deles antes do jogo contra o Tijuana.”

Na narração, os atleticanos vão matar a saudade de Willy Gonser, “voz" do Atlético por 30 anos na Rádio Itatiaia, hoje aposentado. “O filme é uma homenagem ao radialismo esportivo. Willy Gonser foi muito generoso e ele deu uma crescida no filme.”

Premiado no CINEfoot

“Quando se sonha tão grande, a realidade aprende” já é um filme premiado. Ele recebeu o Troféu de Melhor Curta-Metragem no CINEfoot, Festival de Cinema de Futebol, no Rio de Janeiro.

“A recepção foi muito especial. Tem muito atleticano no Rio. E tem a Cariogalo, que me ajudou bastante também. Eles transformaram o cinema de Botafogo no Horto. Foi uma surpresa esse prêmio porque tinha curta em homenagem ao Flamengo. Mesmo assim, a gente ganhou o prêmio de júri popular”, festeja Lobo Mauro.

Agora será a vez do torcedor belo-horizontino assistir, também no CINEfoot, que chega à capital mineira a partir desta sexta-feira e vai até 4 de junho. O curta-metragem terá exibição única dia 3, às 21h30, no Cine Belas Artes Belo Horizonte (Rua Gonçalves Dias, 1581). A entrada é franca, sujeita à lotação da sala.

“Estou preocupado porque muita gente vai querer assistir. Será apenas uma exibição, com entrada franca. Terá também o Dia do Galo, um longa metragem sobre a decisão da Libertadores”, diz o diretor.

Assista ao trailer de “Quando se sonha tão grande, a realidade aprende”


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