Justiça penhora crédito do Atlético com TV

Nesta quinta-feira, o juiz André Gonçalves de Oliveira Salce, titular da 26ª Vara Federal, da seção judiciaria de Minas Gerais, deferiu a penhora dos direitos de crédito que o Atlético possui ou venha a possuir com a Globo e a Globosat.

O Galo é réu nos processos de execução federal número 56662-74-2014.4.01.3800, movido pela União. A suspeita é de que a conta bloqueada pela justiça foi movimentada, o que, por lei, é crime.

Foi permitido o arresto até o limite de execução, no valor de aproximadamente R$ 110 milhões. Essa é mais uma conta entre outras execuções propostas pela União contra o Atlético. Diante da insuficiência de valores bloqueados, a União requer o arresto de crédito que o executado possui com a Globo.

Atlético se explica

 

O advogado tributário e diretor de planejamento do Atlético, Rodolfo Gropen, explica o que aconteceu. 'O dinheiro do Bernard veio para o Brasil em outubro. Eram 54 milhões bloqueados e nós liberamos 18 na Justiça, no Tribunal Regional Federal de Brasília. Depois disso, esse juiz, André Salce, mandou bloquear o dinheiro do Bernard novamente, mas o Galo já havia usado o recurso. Então, ele pediu o bloqueio, inclusive, dos salários de jogadores, depositados e pagos com esse dinheiro. Meses depois, ele mandou bloquear novamente o dinheiro do Bernard, e nós informamos que o dinheiro já havia sido liberado. Aí fizemos os pagamentos devidos'.

Gropen completa dizendo que o juiz mandou quebrar o sigilo do Atlético. “Pegou todo mundo que a gente pagou, alegando fraude. Isso é motivo de recurso no tribunal, e será julgado na semana que vem”, ressalta.

Segundo o advogado, todos os débitos e processos tributários federais que estavam dando ensejo a bloqueios caem por terra. 'O refis, por si só, derruba o arresto', finaliza, destacando o fato de Atlético ter entrado no Refis nesta semana.