Com tanto empate, empaca

Numa competição como o Brasileiro, em que o número de vitórias é o primeiro critério de desempate, é melhor perder dois confrontos e vencer outro a empatar três partidas. A campanha do Atlético até agora confirma a tese. As igualdades têm complicado a situação do alvinegro, um dos clubes que mais empataram na atual temporada do campeonato.

O Galo soma seis empates, dois a menos que o Corinthians, líder no quesito. E cinco dessas igualdades foram com adversários que estavam abaixo do alvinegro na classificação ou figuravam na zona de rebaixamento. Antes do confronto com o Criciúma, no Ipatingão, pela sétima rodada, o time de Levir Culpi ocupava o sétimo lugar, seis posições acima da equipe catarinense.

Contra o Bahia, a vantagem atleticana era um pouco menor antes de entrar em campo, no Independência. Ocupava o 11º lugar enquanto o adversário estava em 16º, a um ponto apenas da área da degola. O contexto anterior à partida com a Chapecoense, adiada da 10ª rodada, fora de casa, era parecido. O Galo permanecia em 11º, e o rival estava a duas posições da zona de degola.

Já o Figueirense era o 18º colocado quando ficou no empate com o Galo, sexto, no Orlando Scarpelli, pela 15ª rodada. Na última partida, o Atlético entrou em campo ainda em sexto lugar para enfrentar o então vice-lanterna, Coritiba, no Couto Pereira. O 0 a 0 na rodada passada custou aos atleticanos, que sonham com uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem, duas posições na classificação.

Apesar da queda na tabela, os jogadores valorizaram o ponto que trouxeram na bagagem. Para o atacante Jô, faltou ao Galo um pouco de sorte. “Infelizmente, não conseguimos a vitória, mas um ponto a gente tem de comemorar, porque fizemos um bom segundo tempo. Valeram o empenho e o esforço de todos. Jogar fora de casa é sempre difícil no Campeonato Brasileiro.”

O goleiro Victor, principal destaque atleticano no duelo, concorda. “Pontuar fora de casa é importante. O empate não era o nosso objetivo, mas acabamos somando um ponto que, diante da dificuldade do jogo, campo molhado, foi importante.”

PROBLEMAS Não bastasse o desempenho abaixo do esperado, sobram problemas para o time tentar mudar a situação. O técnico Levir Culpi terá de resolver um quebra-cabeças para os dois próximos compromissos. Antes de enfrentar o Botafogo, domingo, no Independência, o Galo terá pela frente o jogo de volta da Copa do Brasil contra o Palmeiras, quinta-feira, também no Horto.

O treinador não terá nos dois jogos o atacante Diego Tardelli, que serve à Seleção Brasileira para amistosos contra Colômbia e Equador, e o lateral-esquerdo Douglas Santos, convocado por Alexandre Gallo para a Sub-21. Já o lateral-direito Alex Silva, o zagueiro Jemerson, o volante Leandro Donizete e o outro atacante, André, cumprirão suspensão diante do Botafogo por causa do terceiro cartão amarelo. Levir já confirmou o atacante Luan, como titular tanto diante do Palmeiras quanto do alvinegro carioca. O armador Dátolo também volta. Já o lateral-direito Marcos Rocha e o armador Guilherme dependem de liberação médica. Hoje, os atacantes Maicosuel e Marion e o volante Josué serão reavaliados. Eles deixaram o Couto Pereira reclamando de dor muscular, ambos na coxa esquerda.

E mais
• Poucos ingressos
Quem quiser assistir aos dois próximos jogos do Atlético no Independência – contra o Palmeiras, quinta-feira, pela Copa do Brasil, e Botafogo, domingo, pelo Brasileiro – terá de pagar mais caro. Restam apenas ingressos dos setores corporativos, que custam R$ 100. A venda dos bilhetes continua hoje, das 10h às 20h, apenas na Sede de Lourdes.