Jô quebra o silêncio sobre sumiço, pede desculpas e diz que planeja permanecer no Galo em 2015

Duas semanas depois de não aparecer na Cidade do Galo para treinar, Jô quebrou o silêncio. Em entrevista coletiva, o atacante, reintegrado ao elenco na quinta-feira, deu explicações sobre o sumiço.

Sem entrar em detalhes, ele resumiu a ausência nos treinamentos a problemas particulares. Garantiu que nada tem a ver com o clube. Falou ainda das fotos em baladas no Rio de Janeiro. Aceitou a punição da diretoria. E assegurou que planeja permanecer no Atlético em 2015, ao contrário do que disse seu pai, Dario Silva, que revelou o desejo do atacante deixar o Galo no fim deste ano.

Confira a entrevista de Jô:

Explicação para o sumiço

"Foi para resolver problemas particulares. Conversei com o presidente, com o Maluf e foi tudo esclarecido. O presidente é meu patrão e tenho que explicar para ele. A torcida eu entendo. Até tenho um respaldo pela história que tenho e não esqueceram disso. Foram problemas particulares realmente muito difíceis, mas que felizmente eu já resolvi"

"Foi problema pessoal, nada contra o Atlético nem o torcedor".

Fotos em festas

"Esclareci tudo para o presidente e para o Maluf. São coisas que acontecem fora de campo, um descuido. Mas deixei bem claro que estou focado. Já pedi desculpa ao presidente e peço ao torcedor. Tenho certeza que eles têm confiança em mim e que posso voltar a fazer gols".

Punição

"Fui punido e tenho que ser. Jogador, com um ato, independente se é pessoal, tem que ser punido. É a regra do clube".

Declarações do pai: novo Adriano Imperador?

"É pai, que se preocupa. Ele se assustou e acabou pensando que eu ia largar o futebol. Pai é assim, cuida. Ele realmente ficou preocupado. Mas é incomparável ser igual ao Adriano. Ele tem a carreira dele e eu a minha. Mas ao mesmo tempo, fiquei feliz, porque é pai e tem que se preocupar".

Fim do ciclo ou continua em 2015?

"Tenho contrato até o final de 2016. Pretendo cumprir. Futebol a gente sabe que em um estalo de dedo as coisas mudam. Mas meu pensamento é de continuar aqui. Não penso em deixar o clube. São dois anos e meio aqui. E agora são seis ou sete meses ruins. Mas pretendo ficar aqui. Não sei o que acontecerá em janeiro, sem vem proposta ou não. Mas pretendo ficar".

Segunda ausência nos últimos meses

"Achei que tinha resolvido, mas não estava totalmente resolvido. Me ausentei de alguns treinos para resolver. Conversei com o presidente e o Maluf e entenderam bem. Se não fosse um problema pessoal, eu não estaria aqui".

Cobranças

"Eu nunca fugi de responsabilidade. Sempre assumi, desde quando cheguei. A cobrança vem e eu entendo. Agora é ter a cabeça boa. Voltar focado, com a cabeça boa e dedicação, como estou fazendo. Os companheiros me deram apoio também, o que foi fundamental. Entenderam e me apoiaram".

Jogo contra o Sport

"Ainda não conversei sobre o jogo. Mas depois de duas semanas paradas, com poucos treinos, acho muito difícil. Só se fosse no sacrifício".

Reta final da temporada

"Sei que um pouco de mim eu posso dar ainda para o Atlético. É uma reta final boa e, com a cabeça boa, posso ajudar".

Recado para o torcedor

"Que eles continuem confiando. Sempre tive o respaldo porque fiz um bom trabalho. Tenho certeza que não vão deixar de me apoiar por um ato. Peço desculpa, mas dessa vez foi tudo resolvido. Sentei com o presidente e pedi desculpa também".

Perdeu credibilidade?

"Pode ser que para alguns, sim. Mas para a grande maioria, não perdi totalmente a credibilidade".

Volta ao time titular

"Só depende de mim. Tenho que voltar a trabalhar bem e fazer gols. Os problemas pessoais já foram resolvidos com a ajuda dos amigos e familiares. Agora é voltar a me dedicar porque ainda tenho muito a dar para o Atlético".