Atlético

ATLÉTICO

Virou salão de festas alvinegro

Taça da Copa do Brasil é o quarto título atleticano desde a reabertura do Mineirão

postado em 27/11/2014 10:00

Renan Damasceno / Estado de Minas

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

O torcedor atleticano deve guardar muito bem esta data: 26 de novembro de 2014. A hora: 23h58. A partir deste momento, qualquer provocação do maior rival não terá mais tanta importância e será retrucada de pronto pelo feito obtido ontem, no Mineirão. O título inédito da Copa do Brasil, com triunfo por 1 a 0, na primeira vez que o clássico mineiro decidiu um troféu nacional. Taça erguida diante de menos de 2 mil atleticanos e para a tristeza de mais de 40 mil cruzeirenses. O atleticano poderia imaginar coisa melhor?

Cada uma das quatro festas do Atlético no novo Mineirão teve sabor diferente: o Mineiro’2013 foi a primeira taça erguida do reformado estádio; da Libertadores, a libertação; a Recopa, a comprovação de que o time era afeito a missões impossíveis; e, ontem, o prazer de superar o rival dentro da própria casa. Bastou o árbitro Luís Flávio de Oliveira apitar o fim da partida, que os reservas invadiram o gramado, muitos rumo ao goleiro Victor, que se ajoelhou para agradecer por mais um título.

Dois fatos curiosos. Primeiro: mesmo com a derrota, os jogadores do Cruzeiro não saíram do gramado. Tiraram a camiseta e foram festejar com os torcedores, que ergueram escudos de papelão e gritaram tetracampeão na tentativa de abafar a festa alvinegra. Por cerca de 15 minutos, cada time comemorou com sua torcida. A outra curiosidade é que o troféu não foi comemorado com a tradicional volta olímpica. Como a torcida do Galo estava concentrada, os atletas alvinegros apenas se aglomeraram próximo à bandeirinha de escanteio para festejar.

Antes de o capitão Leonardo Silva erguer a taça, os jogadores se reuniram, fizeram um círculo e rezaram ajoelhados em volta de uma bandeira atleticana. Depois, explodiram em felicidade com o troféu em mãos.

PROVOCAÇÕES
Apesar do clima de amistosidade, atleticanos fizeram questão de responder um gesto provocativo do armador Ricardo Goulart, que domingo, após conquistar o tetracampeonato, fincou uma bandeira no gramado avisando que “quarta-feira tem mais.” “Teve jogador que cravou bandeira... Nós pregamos respeito nos 15 dias, sempre respeitamos ...”, retrucou o lateral-direito Marcos Rocha.

As luzes do estádio começaram a se apagar por volta das 0h40, mas a noite de comemoração foi longa. Mesmo uma hora depois do fim do jogo, muitos jogadores ainda permaneciam no gramado. A torcida também precisou esperar por mais de uma hora para sair do Mineirão, mas a espera não foi dolorosa para ninguém. A exemplo do que ocorreu em Belo Horizonte e em várias cidades mineiras, o grito de “campeão” varou a madrugada no Gigante da Pampulha.